CPI deixará cópia de dossiê em cofre até a eleição
Gabeira e o também sub-relator Carlos Sampaio (PSDB-SP) receberam a documentação nesta sexta-feira do delegado da Polícia Federal Diógenes Curado e do procurador da República Mário Lúcio Avelar, responsáveis pelas investigações em Cuiabá. Eles estiveram em Brasília para tomar depoimentos.
O deputado do PV afirmou que os documentos estão sob sigilo, porque a Justiça assim determinou, e que não cabe à CPI quebrá-lo. "Nós estamos acompanhando as investigações, e não fazendo. A CPI não me autorizou a investigar. Para fazer investigações, precisamos do respaldo do plenário, que só volta a se reunir no dia 4 de outubro".
Gabeira admitiu que a CPI poderá criar uma sub-comissão para ajudar na investigação. "Isso vai depender do nível de nebulosidade em 4 de outubro, quando haverá reunião".
Segundo ele, o procurador Mário Lúcio Avelar disse que está trabalhando para descobrir rapidamente a origem do dinheiro apreendido pela Polícia Federal. O sub-relator disse ainda que o lugar certo para obter essa informação é o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
"Se alguém quiser investigar a origem do dinheiro, só há um caminho: ir ao Coaf. Se foi fácil rastrear a parte dos dólares indo ao Fed (Banco Central dos Estados Unidos), com os reais deveria ser mais fácil".
Além do dossiê, a CPI obteve registro dos depoimentos tomados em São Paulo e Cuiabá, de pessoas supostamente envolvidas com a elaboração e compra do material, de recibos e indicações de algumas agências bancárias.
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