Delegado diz que depoimentos sobre dossiê estão sob segredo de Justiça
Vedoin, sócio da Planam e líder do esquema de venda superfaturada de ambulâncias por meio de emendas parlamentares ao orçamento da União, foi preso pela PF em Cuiabá na sexta-feira da semana passada. Paulo Roberto Dalcol Trevisan, tio de Vedoin, também foi preso na capital de Mato Grosso na sexta-feira passada. No mesmo dia, foram presos em São Paulo Gedimar Pereira Passos e Valdebran Carlos Padilha da Silva, ligados ao PT. Com Passos e Padilha a polícia apreendeu R$ 1,7 milhão em dinheiro.
A suspeita da polícia é que o dinheiro encontrado com os dois petistas em um hotel em São Paulo seria usado para comprar um suposto dossiê com denúncias de envolvimento de José Serra, ex-ministro da Saúde e candidato tucano ao governo paulista, e Geraldo Alckmin (candidato tucano à Presidência da Repúblcia) na máfia das ambulâncias.
A PF também apreendeu na semana passada DVD e fotos que mostram os tucanos Serra e Alckmin no que seria uma entrega de ambulâncias que teriam sido indicadas por parlamentares da da máfia dos sanguessugas.
Na terça-feira (19), a Justiça de Mato Grosso soltou Gedimar, Valdebran e Trevisan, que estavam sob prisão temporária.
Com base nos depoimentos, a PF chegou a nomes ligados ao PT e ao governo federal suspeitos de participação no escândalo do suposto dossiê contra candidatos tucanos. Entre os envolvidos estão Freud Godoy (ex-assessor especial da Presidência da República, exonerado do cargo), Jorge Lorenzetti (do setor de inteligência da campanha de Lula), Expedito Veloso (da diretoria do Banco do Brasil) e Oswaldo Bargas (um dos coordenadores do programa de governo de Lula). Amanhã, a PF deverá ouvir depoimentos de Veloso, Lorenzetti, e Bargas.
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