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Esqueleto de criança mais antigo do mundo é achado na Etiópia
O esqueleto de uma criança que viveu há 3,3 milhões de anos, o mais antigo desse tipo já encontrado, mostra que os ancestrais dos humanos modernos caminhavam eretos, mas também subiam em árvores, disseram cientistas nesta quarta-feira.
Eles descobriram os restos bem conservados de uma menina de 3 anos da espécie "Australopithecus afarensis" - a espécie que inclui o famoso esqueleto fóssil batizado de "Lucy" - em uma região da Etiópia chamada Dikika.
"Ela representa o primeiro e mais completo esqueleto parcial de uma criança já encontrado na história da paleoantropologia", disse Zeresenay Alemseged, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, de Leipzig (Alemanha).
O crânio, o tronco e os membros inferiores e superiores, inclusive a mão, misturam características de humanos e de macacos. O estado dos ossos sugere que a menina foi sepultada por uma inundação, que pode também tê-la matado.
Até hoje, não havia provas da aparência dos bebês dos ancestrais humanos. O esqueleto quase completo também fornecerá dados sobre a altura e a estrutura da criança.
"Essa criança vai nos ajudar a entender muito sobre a espécie à qual pertence", disse Alemseged, chefe da equipe internacional de cientistas que relatou a descoberta na revista Nature.
"A parte inferior do corpo, que inclui o pé, a tíbia e o osso da coxa, mostra claramente que esta espécie era uma criatura que andava em posição ereta", disse ele à Reuters.
Mas algumas características da parte de cima do corpo, como a omoplata e os braços, se parecem mais com macacos. Os dedos são longos e curvados, o que sugere que a menina seria capaz de se deslocar agarrando ramos de árvores.
"Minha opinião é de que não podemos excluir que o ''Australopithecus afarensis'' subia em árvores", acrescentou o cientista.
Simon Underdown, da Universidade Brookes, de Oxford, Inglaterra, disse que é como se uma pequena "Lucy" tivesse sido descoberta. "Esse tremendo fóssil fará com que desafiemos muitas idéias que temos sobre como e por que passamos a andar sobre dois pés", afirmou.
Uma análise dos sedimentos em que os restos foram achados permitiu que os pesquisadores reconstituíssem o ambiente em que a menina viveu. Era uma área luxuriante, com água corrente, florestas e pastagens, também afetada por erupções vulcânicas. Essa diversidade de hábitats era adequada a hipopótamos, crocodilos e parentes do gnus.
"Podemos ver pelos sedimentos que a região era bastante caracterizada por um mosaico de ambientes, que ia de florestas e bosques perto dos rios, até savanas inundadas de forma sazonal e uma planície alagada que teria suportado uma vegetação mais aberta", disse Jonathan Wynn, da Universidade do Sul da Flórida, responsável pela datação dos sedimentos que cercavam o fóssil.
Eles descobriram os restos bem conservados de uma menina de 3 anos da espécie "Australopithecus afarensis" - a espécie que inclui o famoso esqueleto fóssil batizado de "Lucy" - em uma região da Etiópia chamada Dikika.
"Ela representa o primeiro e mais completo esqueleto parcial de uma criança já encontrado na história da paleoantropologia", disse Zeresenay Alemseged, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, de Leipzig (Alemanha).
O crânio, o tronco e os membros inferiores e superiores, inclusive a mão, misturam características de humanos e de macacos. O estado dos ossos sugere que a menina foi sepultada por uma inundação, que pode também tê-la matado.
Até hoje, não havia provas da aparência dos bebês dos ancestrais humanos. O esqueleto quase completo também fornecerá dados sobre a altura e a estrutura da criança.
"Essa criança vai nos ajudar a entender muito sobre a espécie à qual pertence", disse Alemseged, chefe da equipe internacional de cientistas que relatou a descoberta na revista Nature.
"A parte inferior do corpo, que inclui o pé, a tíbia e o osso da coxa, mostra claramente que esta espécie era uma criatura que andava em posição ereta", disse ele à Reuters.
Mas algumas características da parte de cima do corpo, como a omoplata e os braços, se parecem mais com macacos. Os dedos são longos e curvados, o que sugere que a menina seria capaz de se deslocar agarrando ramos de árvores.
"Minha opinião é de que não podemos excluir que o ''Australopithecus afarensis'' subia em árvores", acrescentou o cientista.
Simon Underdown, da Universidade Brookes, de Oxford, Inglaterra, disse que é como se uma pequena "Lucy" tivesse sido descoberta. "Esse tremendo fóssil fará com que desafiemos muitas idéias que temos sobre como e por que passamos a andar sobre dois pés", afirmou.
Uma análise dos sedimentos em que os restos foram achados permitiu que os pesquisadores reconstituíssem o ambiente em que a menina viveu. Era uma área luxuriante, com água corrente, florestas e pastagens, também afetada por erupções vulcânicas. Essa diversidade de hábitats era adequada a hipopótamos, crocodilos e parentes do gnus.
"Podemos ver pelos sedimentos que a região era bastante caracterizada por um mosaico de ambientes, que ia de florestas e bosques perto dos rios, até savanas inundadas de forma sazonal e uma planície alagada que teria suportado uma vegetação mais aberta", disse Jonathan Wynn, da Universidade do Sul da Flórida, responsável pela datação dos sedimentos que cercavam o fóssil.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/274226/visualizar/
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