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Politica Brasil
Quinta - 21 de Setembro de 2006 às 15:20

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Na onda dos afastamentos de petistas envolvidos na negociação do chamado "dossiê Serra", o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira que seria mais prático afastar também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas, ressaltou, através do voto.

"Já afastou o diretor do Banco do Brasil, já afastou o diretor do Banco do Estado de Santa Catarina, já afastou o coordenador da campanha (...). Acho que tem que afastar o Lula, é mais prático. Não é possível, sete envolvidos são ligados ao Lula", disse o tucano.

Na sequência, ao ser questionado pelos jornalistas sobre que tipo de afastamento o candidato estava se referindo, ele logo diminuiu o tom: "Pelo voto, através das eleições, claro."

"Impeachment já teve oportunidade no ano passado e não foi feito, porque no modelo presidencialista é traumático você fazer, é um modelo engessado", afirmou.

Alckmin assinou nesta tarde um termo de compromisso chamado "Presidente Amigo da Criança", na sede da Fundação Abrinq, em São Paulo, sobre metas a ser cumpridas para a infância e adolescência. Lula assinou o mesmo termo na quarta-feira, em Brasília.

O dossiê, encontrado há uma semana em Cuiabá prestes a ser negociado a petistas em São Paulo, traria denúncias sobre o suposto envolvimento do ex-ministro da Saúde José Serra, atual candidato tucano ao governo paulista, na máfia das ambulâncias superfaturadas. O dossiê também incluía fotos de Alckmin e outros tucanos com pessoas ligadas à máfia dos sanguessugas. O PSDB alega que são imagens públicas e sem efeito.

Alckmin, que disse estar "extremamente feliz" em seu discurso na Abrinq, deu uma breve entrevista aos jornalistas e acabou saindo aparentemente irritado ao ser bombardeado de perguntas sobre a possibilidade de investigação das denúncias contra Serra.

"Eles tiveram quatro anos para poder verificar, e não descobriram nada", disse. "Tudo indica que não houve (envolvimento de Serra na máfia das ambulâncias). Se tiver um fato que justifique, já devia ter sido investigado, nenhum problema", disse, encerrando a entrevista.

Desde a descoberta do dossiê, na quinta-feira passada, oito petistas já foram envolvidos no caso, incluindo o presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini, afastado da coordenação da campanha de reeleição na noite de quarta-feira.

O diretor do Banco do Brasil citado por Alckmin é Expedito Afonso Veloso, cujo nome surgiu em depoimentos de petistas presos como sendo um dos envolvidos com o dossiê.

Outros envolvidos próximos a Lula são Jorge Lorenzetti, churrasqueiro preferido do presidente e diretor licenciado do Banco do Estado de Santa Catarina, e Freud Godoy, afastado do cargo de assessor especial da Presidência na terça-feira.





Fonte: Terra

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