Ex-assessora de Serys será interrogada em Cuiabá sobre envolvimento com sanguessugas
A senadora, acrescentou, só será ouvida pelos integrantes do Conselho depois da tomada dos depoimentos em Cuiabá e depois das eleições gerais de 1º de outubro. Ontem foram tomados os depoimentos de ex-assessores de Serys e de uma ex-secretária da Planam, empresa acusada de comandar o esquema. Na opinião do senador, que é o relator do processo, os depoimentos apresentaram várias contradições. "Alguém está mentindo, mas temos que chegar à verdade dos fatos", disse.
Segundo Paulo Otávio, em nenhum dos depoimentos a senadora foi acusada de dar telefonemas para os donos da Planam, Luiz Antonio e Darci Vedoin, embora ex-assessores dela tenham telefonado para os empresários. "O nome da senadora está sendo preservado em todos os depoimentos. Detectamos telefonemas de assessores dela para a Planam", disse o senador.
Paulo Octávio disse que os relatos desta quarta-feira fortaleceram o depoimento prestado pelo genro da senadora, Paulo Roberto, que na semana passada afirmou ao Conselho de Ética que não recebeu dinheiro da Planam, que não foi à sede da empresa com outro ex-assessor da senadora, Sérgio Henrique, e também que não foi apresentado a Luiz Antonio Vedoin por Sérgio.
De acordo com o relator, ficou claro que o ex-assessor João Policeno, que cuidava das emendas parlamentares da senadora mantinha contatos com os donos da Planam. "A ex-secretaria da empresa, Maristela, confirmou que atendeu alguns telefonemas de João Policeno para os donos da Planam. Isso mostra ligação forte do ex-assessor com os empresários", disse.
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