Para Garcia, escândalo não cola na figura de Lula
"O PT não tomou nenhuma iniciativa nisso, mas hoje é de caráter público que tinham pessoas envolvidas na história. E as pessoas que fizeram isso, fizeram a revelia do partido e trouxeram grande prejuízo político", admitiu.
Em entrevista coletiva no comitê nacional de campanha, Garcia afirmou que as investigações referentes ao dossiê serão levadas as últimas conseqüências. "Repudiamos esta operação. Não faz parte do estilo de direção partidária. Repudiamos de forma enfática este método", afirmou. "Seria uma estupidez extraordinária fazermos uma operação trapalhada como esta", continuou.
O novo coordenador também aproveitou para alfinetar a oposição. Para Garcia, eles fazem o seu papel ao tentar transformar o episódio em uma grande magnitude.
Apesar da proporção do escândalo, Garcia afirmou ainda estar confiante de que o PT sairá vitorioso ainda no primeiro turno. Em sua opinião, as denúncias não colam na imagem do presidente Lula e nem no partido.
Sobre o antigo coordenador, Ricardo Berzoini, Garcia fez questão de elogiá-lo e de reconhecer o seu trabalho. O petista, inclusive, declarou o seu voto para o presidente do PT ao cargo de deputado federal em São Paulo. "A substituição aconteceu porque seria muito difícil levar a coordenação de campanha junto com as explicações do dossiê", explicou.
Ainda sobre Garcia, seu trabalho será o de dar prosseguimento ao trabalho de seu antecessor. Nenhuma alteração na agenda do presidente Lula acontecerá. Apesar disso, Garcia informou que o setor de "risco de mídia", supostamente encarregado pela compra do dossiê, será extinto. "Eu nem conhecia esse setor, mas pelo desempenho que ele teve, não se mostrou muito eficiente. Ele está suprimido", confirmou.
Gracia também informou que o ex-integrante do PT, Gedimar Passos, preso em São Paulo com dinheiro para compra do dossiê foi exonerado.
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