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Politica Brasil
Quinta - 21 de Setembro de 2006 às 04:27
Por: Rodrigo Vargas

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Sem esperar convite, o deputado Lino Rossi (PP) compareceu ontem ao Conselho de Ética do Senado para falar, em sessão reservada, sobre as acusações que envolvem o senador Magno Malta (PL/ES) com a máfia das ambulâncias. Sua tentativa de isentar o parlamentar, porém, foi repleta de contradições.

O Conselho havia convocado a mulher de Rossi, Querli Batistello, para falar a respeito do Fiat Ducato que, de acordo com o relatório da CPI dos Sanguessugas, foi repassado ao senador como adiantamento de propina por emendas em benefício do esquema. O veículo está registrado no nome dela.

A pedido do inesperado depoente, o presidente do Conselho, senador João Alberto Souza (PMDB/MA), determinou que a reunião, até então aberta, passasse a ser secreta. Mas, a julgar pela reação do senador Demóstenes Torres (PFL/GO), relator do processo contra malta, a sessão foi pouco produtiva.

À Agência Senado, Torres avaliou que os fatos informados por Rossi em nada favoreciam o senador investigado. “O depoimento foi inconsistente, contraditório e sem credibilidade”, disse ele, após a reunião do Conselho.

Segundo ele, o parlamentar caiu em contradição ao tentar explicar a origem do automóvel. A princípio, Rossi disse ter recebido o Fiat Ducatto por empréstimo. Depois, que se tratava de uma doação. Por fim, disse que o comprou, mas não pagou.

À CPI, o empresário Luiz Antonio Vedoin, chefe confesso do esquema, disse ter pago R$ 50 mil pelo veículo para depois, por meio de Rossi, encaminhá-lo a Magno Malta. Ontem, Rossi negou o papel de intermediário, mas admitiu suas “boas relações” com a família Vedoin.

Outro “personagem” de Mato Grosso ouvido no caso de Magno Malta foi o empresário Valdir Agostinho Piran que, segundo a denúncia, era o dono da factoring que vendeu o carro a Luiz Antônio. A sessão durou pouco, uma vez que Piran alegou ter havido uma confusão entre ele e seu irmão, Valcir, que seria o pivô da transação.

O empresário disse, no entanto, que conhece os Vedoin e que considera possível que sua empresa de factoring tenha feito negócios com a família.

SERYS – Ontem também prestaram depoimento ao Conselho dois ex-funcionários do gabinete da senadora Serys Slhessarenko, candidata ao governo do Estado pelo PT. Um deles, João Policena Rosa Netto, foi citado em depoimento do empresário Luiz Antônio Vedoin à CPI dos Sanguessugas.





Fonte: Diário de Cuiabá

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