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Meio Ambiente
Quinta - 21 de Setembro de 2006 às 03:00

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As excursões em busca de pandas selvagens organizadas por uma agência da província de Sichuan, sudoeste da China, habitat principal dos pandas gigantes, despertaram as críticas entre os ecologistas, que consideram que danificarão gravemente o entorno dos animais.

A agência já conta com a autorização dos responsáveis da reserva natural de Woolong, na qual calcula-se que vivam 300 pandas, e que foi declarada patrimônio da Humanidade pela Unesco em julho.

A companhia oferece por US$ 45 excursões de duas horas e meia para buscar um panda de 26 anos em uma extensão de 15 hectares.

"O barulho feito pelos turistas pode espantar os pandas", alertou Tang Chunxiang, biólogo especialista em vida selvagem da Universidade de Pequim.

"Se não for feito algo com os resíduos e os visitantes não forem vigiados, as excursões prejudicarão os animais, com certeza", afirmou Zhu Xiaojina, outro especialista desta universidade.

Os organizadores das excursões argumentaram, no entanto, que as visitas se limitarão a 20 pessoas por dia, divididas em pequenos grupos de cinco visitantes, e que pedirão a seus clientes que não joguem lixo na reserva.

Sichuan está tentando tirar proveito da enorme expectativa criada pelos pandas, considerados pelos chineses seu "tesouro nacional", e os responsáveis de Wolong responderam às críticas afirmando que as excursões cobrirão apenas 1% da superfície total da reserva.

A China conta atualmente com 1.600 pandas gigantes em liberdade, a grande maioria deles concentrados em Sichuan, embora, segundo um estudo divulgado em junho, a quantidade possa ter sido subestimada e possa chegar, na realidade, a 3 mil exemplares.





Fonte: EFE

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