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Cultura
Quarta - 20 de Setembro de 2006 às 14:10
Por: Alline Marques

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O escritor com maior vendagem de livro infantil marcou presença no Seminário Troca-Letras, durante a Literamérica 2006 – Feira Sul-americana do Livro. A palestra de Pedro Bandeira foi realizada na tarde de terça-feira (19.09) e muitos professores e até mesmo adolescentes marcaram presença.

Entre os assuntos apresentados por Pedro Bandeira, ele fez questão de ressaltar a importância de se investir na educação infantil. Mas acredita que primeiramente deve-se melhorar a capacitação dos professores. “Hoje o Estado é obrigado a contratar muitos professores para não deixar as crianças fora das escolas, mas o salário é muito baixo e é necessário que os profissionais façam curso. Eles não podem parar de estudar, mas não há condições para isso”, explicou.

Com relação a educação dentro de casa, Bandeira acredita que ainda será necessário mais uma geração para termos pais conscientes da importância de incentivar os filhos a lerem. “Temos que educar esta geração para fazer um trabalho melhor com a próxima”, afirmou.

Com seu jeito muito particular de contar histórias, arrancou risos da platéia relatando a história do Brasil. “Desde de o descobrimento, somos filhos de ninguém. Na época do descobrimento, quando Portugal tinha que enviar alguém ao Brasil era proposto as seguintes opções: a forca ou o Brasil”, relatou.

Pedro Bandeira também está otimista com a nova forma de ensino no país. “Os estudos estão sendo repensados. Antes aprendíamos que os bandeirantes eram heróis, mas na realidade eles eram assassinos de índios. A maior parte deles era mestiço e roubava”, contou.

Bandeira começou a escrever em 1972, mas o primeiro livro dele, de nome “O dinossauro que fazia au au”, só foi publicado em 1983. Como escritor já recebeu prêmios como o da Associação Paulista de Críticos de Arte, Jabuti, Adolfo Aizen, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, dentre outros.

Aos 64 anos, o escritor já lançou mais de 70 livros. Dentre os principais, estão “Os Karas”, “A marca de uma lágrima”, “Agora estou sozinha”, “A hora da verdade” e “Prova de Fogo”.

Bandeira também já fez um livro, no qual a história se passa no Pantanal mato-grossense. O livro é “Pântano de Sangue”. Para fazer o livro, Pedro Bandeira veio conhecer a região pantaneira, mas ainda demorou mais dois anos para concluir a história.

Além de escritor, Pedro Bandeira é jornalista, publicitário e teatrólogo. Sempre envolvido no teatro amador em sua cidade natal, mudou-se em 1961 para São Paulo, onde cursou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP). Em 1962, começou a trabalhar com jornalismo e publicidade, e dedicou-se ao teatro profissional até 1967 como ator, diretor, cenógrafo e teatro de bonecos. Começou sua vida jornalística na revista “Última Hora” e na editora Abril, onde escreveu para diversas revistas. Desde então, foi convidado a participar de uma coleção de livrinhos infantis.





Fonte: Da Assessoria

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