Wellington quer reduzir poder das secretarias

O governador do Piauí, Wellington Dias, candidato do PT à reeleição, anunciou nesta terça-feira que se for eleito vai construir um governo suprapartidário, unindo os partidos políticos, e com uma proposta de reforma administrativa. Durante o lançamento do programa de governo, ontem pela manhã, no Luxor Hotel, o governador informou que a idéia é manter as 13 secretarias, mas criando agências e coordenações com estruturas menores. Wellington Dias adiantou que serão criados órgãos para gerenciar o setor da Bioenergia (ligado ao biodiesel), da Energia e Mineração, dos aeroportos, ferrovias e portos, além de coordenações para trabalhar em defesa dos direitos da juventude e da mulher.

"Vamos manter as 13 secretarias, o que não vamos fazer é criar mais. A idéia é trabalhar com estruturas mais simplificadas, com coordenações e agências com organogramas mais leves e integradas a todas as outras áreas", afirmou o governador durante o seu discurso no lançamento do plano de governo.

Segundo o governador, foi criado um conceito sobre a necessidade de uma "mega estrutura" para desenvolver os projetos do governo. "Na verdade, o que a gente precisa é de uma coordenação para cuidar das coisas", afirmou o governador dando como exemplo de sucesso a Coordenação de Integração para Pessoas Portadoras de Deficiência (Ceid), a coordenação do Fome Zero, a coordenação do Semi-árido, que, segundo o governador, são órgãos pequenos e com projetos desenvolvidos em todos os municípios. A proposta é implantar as coordenações que vão absorver ações de saúde, educação e assistência social, e assim, reduzindo o poder das secretarias de Estado. "A experiência de três anos e nove meses de mandato e se eu fosse radicalizar, só com minha idéia, sem levar em conta o conjunto de partidos, nós teríamos no máximo sete secretarias", disse o governador.

No seu discurso, Wellington Dias destacou que o projeto de governo é para 2022. Ele apontou 13 setores como prioritários, como a geração de emprego e renda, melhorias dos serviços na saúde, modernização da máquina, maior participação popular, universalização da educação e aparelhamento e aumento de efetivo na Segurança.