Inpe plantará espécies nativas da Mata Atlântica para compensar emissões de CO2
Em uma área de 23,7 hectares do campus do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em Cachoeira Paulista, serão plantadas espécies nativas da Mata Atlântica, encontradas nas serras do Mar e da Mantiqueira. É o que prevê o Projeto Mata Nativa, lançado hoje (22) para ser executado em parceria do Inpe com a Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba, uma organização não governamental (ONG).
O coordenador do projeto, Jean Ometto, informou que o plantio será feito pela ONG e caberá ao Inpe acompanhar o impacto da nova vegetação sobre o meio ambiente, por meio do monitoramento da formação hidrológica, de nutrientes no solo, e do crescimento das espécies.
O que motivou a iniciativa, segundo ele, foi o levantamento feito em 2008 sobre o quanto o Inpe emite de carbono sem uma compensação ao meio ambiente. O cálculo indicou a emissão de 2 mil a 2,5 mil toneladas de carbono por ano. "Nosso propósito, agora, é recompor a biodiversidade nos próximos 20 anos", estimou o cientista.
Com reposição de espécies nativas, a expectativa é que haja também estímulo ao povoamento da fauna, em razão da interação natural na reprodução vegetal e animal, disse Paulo Valadares, secretário executivo da ONG. Entre as 80 diferentes espécies nativas da Mata Atlântica a serem plantadas estão o amendoim-bravo, ipê-roxo, paineira, pau-viola, jequitibá-rosa e sangra-d’água.
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