Empresa diz que vigilantes presos em Mato Grosso serão libertados

A assessoria jurídica da empresa Marca Vigilância e Segurança, através do advogado Aldo Oliveira, esteve na tarde de ontem na redação de O LIBERAL para contrapor as acusações feitas pelo presidente do Sindicato dos Vigilantes do Estado do Pará, Raimundo Almeida, e para prestar esclarecimento aos familiares dos seis trabalhadores presos no município paraense de Santana do Araguaia, no dia 23 de agosto. Segundo o advogado, a acusação de que a empresa responde a 59 processo da Justiça Trabalhista será motivo de uma interpelação judicial contra Raimundo Almeida. 'A quem acusa cabe o ônus da prova. Acusação sem prova é calúnia e isso, se ele não sabe, é crime, no Brasil'.

A empresa admite que pode ter havido falta de comunicação entre a Marca e os familiares das pessoas presas, mas descorda que o caso esteja sendo tratado com descaso. 'Estamos com quatro advogados tratando do caso. Um supervisor foi deslocado para a cidade de Vila Rica, no mato Grosso, onde eles estão presos, só para dar suporte aos funcionários. Não entendo que isso seja descaso', questiona Aldo Oliveira. Segundo o advogado, os seis vigilantes foram presos de maneira irregular, já que a Polícia Civil do Mato Grosso invadiu território paraense para efetivar a prisão.

Aldo Oliveira garante que as detenções são frutos de uma briga política entre os governos do Mato Grosso e do Pará. Os dois disputam a região de terrra em que os vigilantes foram presos na Justiça. 'Eles agiram como se estivessem em território matogrossense. Isso é completamente irregular e estamos analisando a possibilidade de entrar com uma ação civil púiblica contra eles por reparação danosa', revelou. A assessoria jurídica da Marca alega, ainda, que todos os trabalhadores são registrados e devidamente legalizados junto à Justiça Trabalhista.

Aldo Oliveira também apresentou a cópia da licença anual de funcionamento expedida pela Polícia Federal para a Marca, há uma mês. O advogado garantiu que os vigilantes detidos serão libertados ainda hoje.