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'Dossiê Serra' deflagra escândalo envolvendo PT e PSDB
Com as pesquisas de opinião apontando a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já no primeiro turno, o PT volta a envolver-se em mais um escândalo político após a descoberta de um dossiê ligando políticos tucanos ao esquema de compra de ambulâncias superfaturadas.
O dossiê foi produzido pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, acusado de ser o operador da máfia das ambulâncias. O material seria vendido a um petista e incluiria no esquema das ambulâncias o ex-ministro da Saúde e candidato ao governo paulista, José Serra, e o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin.
O dossiê continha uma fita de vídeo, um DVD, uma agenda e seis fotografias e foi apreendido pela Polícia Federal em Cuiabá nas mãos de um tio de Vedoin, Paulo Roberto Trevisan, preso na quinta-feira à noite.
Vedoin e outros dois petistas encarregados da compra do dossiê foram presos na sexta-feira.
Veja alguns eventos recentes e declarações sobre do caso:
-- Coligação PSDB-PFL tenta esvaziar o dossiê dizendo que as fotos mostrando Serra e Alckmin ao lado de pessoas ligadas ao superfaturamento de ambulâncias já eram conhecidas. Os dois partidos focam na origem da quantia de 1,7 milhão de reais encontrada com os dois intermediários petistas presos em São Paulo e que seria usada para a compra do dossiê.
"De onde vieram os recursos? Podem até ter surgido das cartilhas ou do assalto ao Banco Central em Fortaleza", sugeriu o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC).
-- O presidente do PT nega que dinheiro apreendido seja do PT ou de campanha.
"Esse dinheiro não pode ser do PT porque ninguém conhece esse dinheiro. Consideramos inclusive a hipótese de armação contra o PT", disse Ricardo Berzoini na noite de segunda.
Fonte da direção do partido disse que a campanha de Lula tentará sair na defensiva, provavelmente entregando cabeças.
-- A Polícia Federal, responsável pela apreensão do dossiê e pelas prisões, informou que parte do dinheiro é composta por notas seriadas em reais e dólares, o que pode facilitar a identificação de sua origem.
-- O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou na terça-feira que o dossiê não será usado contra a candidatura de Lula. A PF, que divulgou as fotos de Serra e Alckmin, foi acusada de não ter exibido imagens do dinheiro, numa tentativa de poupar a campanha à reeleição.
"É preciso que as pessoas entendam que o Brasil mudou. Hoje não é mais como naquele tempo em que se faziam imagens para jogar na televisão e destruir candidaturas. Não vamos fazer isso neste momento", disse Bastos.
-- Lula viajou na tarde de segunda-feira para Nova York, apostando na possibilidade de a acusação à direção do partido vir a se revelar uma "armação contra o PT".
-- A teoria de armação se enfraquece à noite, após revelação de que o ex-policial Gedimar Pereira Passos, intermediário preso que compraria o dossiê, é funcionário do Diretório Nacional do PT e trabalhava no setor de informações da campanha de Lula. O setor é chefiado pelo bancário Jorge Lorenzetti, amigo de Lula e seu churrasqueiro pessoal.
-- Outra pessoa próxima a Lula já havia sido envolvida no caso no final de semana. Gedimar citou à Polícia Federal que estaria a mando de um tal de "Froude ou Freud". O homem seria Freud Godoy, assessor especial da Presidência, que negou envolvimento no caso. Ele foi exonerado do cargo na terça-feira.
-- Freud afirmou que recebeu ligação de Lula na segunda-feira e que tranquilizou o presidente. "Lula está ganhando a eleição. Por que eu faria uma coisa dessas?", disse ao jornal O Globo. "Ligaram do PT de manhã (na segunda) pedindo para eu não falar. Mas vou falar, sim", disse.
-- Outro petista foi envolvido no caso ao ser preso junto com Gedimar e o dinheiro em um hotel de São Paulo. É o empresário Valdebran Carlos da Silva Padilha, do PT do Mato Grosso. Ele afirmou que seu contato com Gedimar foi feito por meio de Lorenzetti. Valdebran seria o homem de confiança de Vedoin na negociação.
-- Gedimar afirmou que, como o PT não tinha a quantia necessária para pagar pelo dossiê, que incluiria também provas contra petistas sanguessugas, um órgão da imprensa participaria do montante e teria exclusividade na divulgação do material.
-- A revista IstoÉ, que nega envolvimento no caso, traz reportagem na edição desta semana com os empresários Darci Vedoin e seu filho Luiz Antônio, donos da Planam, denunciando envolvimento dos ex-ministros da Saúde José Serra e Barjas Negri na máfia das ambulâncias.
"Na época deles o nosso negócio era bem mais fácil. O dinheiro saía bem mais rápido. Foi quando mais crescemos", disse Darci Vedoin à IstoÉ, sobre o período de 1998 a 2002, quando Serra e Barjas estiveram no comando do Ministério da Saúde.
-- A coligação PSDB-PFL protocolou no TSE pedido de investigação judicial e eleitoral contra Lula, Thomaz Bastos, Berzoini, além de Freud, Valdebran e Gedimar.
-- O escândalo das ambulância veio a público em maio deste ano, quando a PF deflagrou a Operação Sanguessuga, prendendo 46 pessoas, entre elas os empresários Vedoin, que atuavam em Cuiabá através da empresa Planam. Em junho, foi criada um CPI para apurar o caso.
O dossiê foi produzido pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, acusado de ser o operador da máfia das ambulâncias. O material seria vendido a um petista e incluiria no esquema das ambulâncias o ex-ministro da Saúde e candidato ao governo paulista, José Serra, e o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin.
O dossiê continha uma fita de vídeo, um DVD, uma agenda e seis fotografias e foi apreendido pela Polícia Federal em Cuiabá nas mãos de um tio de Vedoin, Paulo Roberto Trevisan, preso na quinta-feira à noite.
Vedoin e outros dois petistas encarregados da compra do dossiê foram presos na sexta-feira.
Veja alguns eventos recentes e declarações sobre do caso:
-- Coligação PSDB-PFL tenta esvaziar o dossiê dizendo que as fotos mostrando Serra e Alckmin ao lado de pessoas ligadas ao superfaturamento de ambulâncias já eram conhecidas. Os dois partidos focam na origem da quantia de 1,7 milhão de reais encontrada com os dois intermediários petistas presos em São Paulo e que seria usada para a compra do dossiê.
"De onde vieram os recursos? Podem até ter surgido das cartilhas ou do assalto ao Banco Central em Fortaleza", sugeriu o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC).
-- O presidente do PT nega que dinheiro apreendido seja do PT ou de campanha.
"Esse dinheiro não pode ser do PT porque ninguém conhece esse dinheiro. Consideramos inclusive a hipótese de armação contra o PT", disse Ricardo Berzoini na noite de segunda.
Fonte da direção do partido disse que a campanha de Lula tentará sair na defensiva, provavelmente entregando cabeças.
-- A Polícia Federal, responsável pela apreensão do dossiê e pelas prisões, informou que parte do dinheiro é composta por notas seriadas em reais e dólares, o que pode facilitar a identificação de sua origem.
-- O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou na terça-feira que o dossiê não será usado contra a candidatura de Lula. A PF, que divulgou as fotos de Serra e Alckmin, foi acusada de não ter exibido imagens do dinheiro, numa tentativa de poupar a campanha à reeleição.
"É preciso que as pessoas entendam que o Brasil mudou. Hoje não é mais como naquele tempo em que se faziam imagens para jogar na televisão e destruir candidaturas. Não vamos fazer isso neste momento", disse Bastos.
-- Lula viajou na tarde de segunda-feira para Nova York, apostando na possibilidade de a acusação à direção do partido vir a se revelar uma "armação contra o PT".
-- A teoria de armação se enfraquece à noite, após revelação de que o ex-policial Gedimar Pereira Passos, intermediário preso que compraria o dossiê, é funcionário do Diretório Nacional do PT e trabalhava no setor de informações da campanha de Lula. O setor é chefiado pelo bancário Jorge Lorenzetti, amigo de Lula e seu churrasqueiro pessoal.
-- Outra pessoa próxima a Lula já havia sido envolvida no caso no final de semana. Gedimar citou à Polícia Federal que estaria a mando de um tal de "Froude ou Freud". O homem seria Freud Godoy, assessor especial da Presidência, que negou envolvimento no caso. Ele foi exonerado do cargo na terça-feira.
-- Freud afirmou que recebeu ligação de Lula na segunda-feira e que tranquilizou o presidente. "Lula está ganhando a eleição. Por que eu faria uma coisa dessas?", disse ao jornal O Globo. "Ligaram do PT de manhã (na segunda) pedindo para eu não falar. Mas vou falar, sim", disse.
-- Outro petista foi envolvido no caso ao ser preso junto com Gedimar e o dinheiro em um hotel de São Paulo. É o empresário Valdebran Carlos da Silva Padilha, do PT do Mato Grosso. Ele afirmou que seu contato com Gedimar foi feito por meio de Lorenzetti. Valdebran seria o homem de confiança de Vedoin na negociação.
-- Gedimar afirmou que, como o PT não tinha a quantia necessária para pagar pelo dossiê, que incluiria também provas contra petistas sanguessugas, um órgão da imprensa participaria do montante e teria exclusividade na divulgação do material.
-- A revista IstoÉ, que nega envolvimento no caso, traz reportagem na edição desta semana com os empresários Darci Vedoin e seu filho Luiz Antônio, donos da Planam, denunciando envolvimento dos ex-ministros da Saúde José Serra e Barjas Negri na máfia das ambulâncias.
"Na época deles o nosso negócio era bem mais fácil. O dinheiro saía bem mais rápido. Foi quando mais crescemos", disse Darci Vedoin à IstoÉ, sobre o período de 1998 a 2002, quando Serra e Barjas estiveram no comando do Ministério da Saúde.
-- A coligação PSDB-PFL protocolou no TSE pedido de investigação judicial e eleitoral contra Lula, Thomaz Bastos, Berzoini, além de Freud, Valdebran e Gedimar.
-- O escândalo das ambulância veio a público em maio deste ano, quando a PF deflagrou a Operação Sanguessuga, prendendo 46 pessoas, entre elas os empresários Vedoin, que atuavam em Cuiabá através da empresa Planam. Em junho, foi criada um CPI para apurar o caso.
Fonte:
Globo Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/274787/visualizar/
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