CPMI deverá avaliar envolvimento do PT com dossiê
Segundo Jungmann, a apreensão do dossiê coloca o Poder Executivo no centro das investigações da CPMI. "Estamos absolutamente de acordo para que a CPMI tenha acesso aos dados. Continuamos focados em nosso objetivo, que são os sanguessugas, que começaram pelas investigações no Congresso e abriram as portas do Executivo", afirmou.
Para o deputado, a apuração do caso deve ser feita pela CPMI, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o que garantirá a continuidade da investigação e servirá para extrapolar os prazos definidos pelo calendário eleitoral. "Os fatos que transcorrem no âmbito da política e da Justiça têm autonomia", declarou.
Processo eleitoral
Para Jungmann, os recentes fatos investigados pela PF demonstram que o próximo presidente da República, seja quem for o eleito, terá "dificuldades de governar, porque o resultado [das eleições] terá forte contestação de legitimidade."
O deputado disse ainda que a montagem do dossiê é uma tentativa de fraudar a vontade popular. Segundo ele, caso semelhante ocorreu no escândalo do Proconsult, no Rio de Janeiro, em 1982.
Na ocasião, foi apontada fraude na totalização de votos contra Leonel Brizola, então candidato a governador.
Além de Jungmann, deverão participar da reunião desta tarde o presidente da CPMI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), e os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), Fernando Gabeira (PV-RJ), Júlio Redecker (PSDB-RS) e José Carlos Aleluia (PFL-BA). A reunião ocorrerá na sala da CPMI, no Senado.
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