MPF pede preventiva de Vedoin; prisão de Freud deve sair ainda hoje
O procurador da República também pediu a prorrogação das prisão temporárias de Valdebran Carlos Padilha da Silva e Gedimar Pereira Passos. Eles foram presos sexta-feira em São Paulo com duas malas de dinheiro que seriam trocados por fitas, DVD e fotos das presenças de José Serra, candidato ao Governo do Estado de São Paulo e Geraldo Alckmin, candidato à Presidência da República. Outro que teve prisão mantida foi Roberto Dalcol Trevisan, tio de Luiz Antônio Vedoin, que faria a troca do material pelo dinheiro.
O novo pedido de prisão de Luiz Antônio se deve, a princípio, a descoberta de que ele mantinha como princípio ocultava provas e tentava chantagear supostos envolvidos com a máfia dos sanguessugas. Para encontrar outras provas, a PF fez apreensão na casa de Vedoin, de seu pai, Darci, e do cunhado, Ivo Spínola. Vedoin está com os bens bloqueados desde a Operação Sanguessuga, feita em maio pela PF. A montadora Iveco cobra dele na Justiça R$ 1,7 milhão referente a veículos vendidos. A quantia é praticamente a mesma apreendida pela PF em São Paulo com Gedimar Passos e Valdebran Padilha.
Já a prisão de Freud Godoy se deve ao fato dele ter sido apontado pelo advogado Gedimar Pereira como o responsável pela compra de dossiê sobre o envolvimento de tucanos na máfia das ambulâncias. Ex-assessor de Lula, Freud já se apresentou à Polícia Federal em São Paulo e foi imediatamente exonerado do cargo. Ele admitiu que conversou por telefone quatro ou cinco vezes com Gedimar Passos. De acordo com Freud, ele foi apresentado a Passos por Jorge Lorenzetti, há um mês, no diretório do PT, em Brasília. Lorenzetti é funcionário da campanha de Lula, fundador do PT e diretor administrativo do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc).
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