Heloísa Helena: cúpula do PT age como um grupo criminoso
A candidata, expulsa do PT em 2003, afirma: "O PT não é mais um partido de esquerda".
"Já na transição de governo (2002), eu me afastei do partido por sua política de alianças no Congresso, onde a cúpula estava disposta a compactuar com conhecidos delinqüentes de luxo".
A candidata radical pediu ao PT que não a mate porque acredita que "a cúpula do PT é capaz de qualquer coisa". "Basta ver quanto dinheiro embolsou o filho do presidente, as orgias que organizavam com o dinheiro público ou as remessas milionárias que enviaram para fora do país", afirmou.
Com cerca de 10% das intenções de voto, segundo as pesquisas sobre as eleições de 1º de outubro, Heloísa Helena destaca que seu partido deseja a "democratização do Estado, que no Brasil não é democrático".
"O que queremos é a democratização da riqueza, cultura, saúde, educação. Não somos herdeiros da tradição do socialismo europeu totalitário", disse.
"Eu não defendo o socialismo por decreto. Não quero o socialismo totalitarista nem o pensamento único capitalista. No Brasil, o capitalismo tem sido muito feio, cruel e violento", declarou ao El Mundo.
Heloísa Helena fez duras críticas ao presidente Lula: "Se ajoelha covardemente ante o capital e depois vai à Venezuela ou África para financiar obras com o objetivo de limpar sua imagem".
"Lula tem feito sua política de acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), inserindo o Brasil no capitalismo global de acordo com suas regras, submetendo o País ao capital financeiro", concluiu.
A candidata ganhou espaço em diversos jornais internacionais hoje pois ontem concedeu uma entrevista coletiva a correspondentes estrangeiros no Rio de Janeiro. O jornal argentino La Nación diz hoje que Heloísa Helena "não gosta de medir as palavras e prefere lançá-las aos gritos". "Assim, em voz alta, a senadora e ex-dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT) já havia qualificado o presidente Lula de ¿gangster¿ e os funcionários do FMI de ¿parasitas internacionais¿", afirma o jornal, segundo a BBC Brasil.
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