Bastos: Lula não crê em envolvimento de assessor
Na tarde de ontem, Freud declarou, em entrevista ao Jornal Hoje, que falou para Lula "dormir muito tranqüilo" porque não teria nada a ver com a negociação do dossiê. Segundo o assessor, foi o presidente quem ligou para saber "qual o fundo de verdade" da denúncia. Freud trabalhava próximo do gabinete de Lula.
Bastos salientou que, apesar de Lula não crer na participação do assessor, apóia as investigações e a eventual responsabilização de Godoy, caso seja comprovado o envolvimento. Thomaz Bastos, que falou pelo telefone com Lula antes de o presidente embarcar para Nova York, garantiu que o chefe de Estado está "indignado".
"Ele não compactua com isto, usou esta expressão: não contem comigo para fazer uso de dossiês, declarou Bastos. "Basta lembrar do dossiê Cayman, que era um dossiê vendido contra o próprio Serra, contra o presidente Fernando Henrique e o governador Mário Covas , que o Lula recebeu e se recusou a usar. Se recusou a usar, peremptoriamente, porque ele não gosta e não compactua com isso", declarou o titular da Justiça.
Márcio Thomaz Bastos garantiu que as investigações serão isentas e rápidas e se disse preocupado em não permitir o "uso eleitoral" do episódio. O ministro evitou comentar declarações dos presidentes do PSDB, Tasso Jereissati, e do PFL, Jorge Bornhausen, que colocaram em dúvida a credibilidade da apuração da PF.
"Neste momento em que a atmosfera eleitoral está incendiada, principalmente pela grande vantagem do presidente Lula nas pesquisas, é muito difícil manter a calma e a serenidade. E é muito difícil trabalhar com impessoalidade e objetividade", afirmou.
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