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Cultura
Segunda - 18 de Setembro de 2006 às 15:57
Por: Lena Araújo

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“Una mirada hacia Isabel Allende y Juan Rulfo”. As obras dos escritores Isabel Allende e Juan Rulfo foram analisadas durante o Seminário de Educação do Univag realizado pelas professoras Maria Lujan Mattiauda e Rosecléia Duarte da Silva nesta segunda-feira(18). “Isabel teve coragem em abordar questões feministas em uma época onde a predominância masculina era completa”, explica Maria Lujan.

A Literamérica, Feira Sul-Americana do Livro, que estará sendo realizada no Centro de Eventos do Pantanal até o próximo domingo, tem uma programação vasta de seminários e palestras que abordam temas variados sobre literatura.

Isabel Allende rompeu o silêncio literário feminino durante o chamado “Posboom” na América Latina, período em que a literatura se caracteriza pelos movimentos políticos que aconteceram nos países dominados pelo regime militar. Foi graças ao golpe do general Pinochet, período em que ela foi exilada na Venezuela, que Isabel abandonou o jornalismo, se entregando à carreira literária.

Formalmente inspirada no realismo mágico de Gabriel Garcia Márquez, a autora não deixa de escrever sobre a realidade. Ela ficciona a partir de fatos importantes vividos pelos povos da América Latina. É o caso de seu primeiro sucesso “A Casa dos Espíritos”, obra narrativa que fala sobre o universo masculino. A história foi adaptada para o cinema e ganhou as telas do mundo inteiro divulgando ainda mais o trabalho da escritora. Outro livro que foi adaptado para o cinema foi “De amor e de sombra”, nele, a escritora fala de um grande amor, com pitadas de realismo fantástico e de história política chilena.

Juan Rulfo, outro escritor analisado durante o Seminário, nasceu em Apulco, no México, em 1918. Teve influência da literatura francesa em seu trabalho do período em que viveu no orfanato da ordem das monjas Josefinas Francesas. Jornalista, teve 17 contos publicados. Seu primeiro conto foi “A vida não é muito séria em suas coisas”, mas o que o projetou no mundo literário foi “A planície em chamas”, obra narrativa que fala da guerra dos camponeses, seu público alvo.





Fonte: Da Assessoria

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