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Cultura
Segunda - 18 de Setembro de 2006 às 08:46
Por: Julie Correia

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A palestra “De como um lugar inexistente foi desenhado em mapas” reuniu escritores e participantes na tarde desta sexta-feira (16.09), durante o Seminário Troca-Letras. A apresentação foi dada pela palestrante e também escritora, Maria de Fátima Costa, autora do livro “Histórias de um Pantanal inexistente”. O Troca-Letras faz parte da programação da Literamérica 2006 – Feira Sul-americana do Livro, que vai até o dia 24, no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá.

Maria de Fátima conta trechos do livro, que explica sobre as histórias que antecipam a criação do Pantanal. Ela traduz as narrativas da origem deste lugar que começa no rio Paraguai. A pesquisa dela começou a partir do século XIX e XVIII, mas não encontrou o que queria e então partiu para o século XVII e XVI, nos quais realmente conseguiu desenvolver o foco de seu objetivo. As narrativas partiram de história de viajantes que na época visitavam o rio Paraguai.

Somente a partir do século XVII e XVIII, a região passou a ganhar identidades através de mapas, feitos por cartógrafos holandeses, que chamaram a imensa planície inundável de “La Laguna de Xarayes”. O intrigante é que estes cartógrafos não conheciam o local e desenhavam os mapas apenas por narrativas de viajantes.

Somente após inúmeros mapas desenhados Laguna de Xarayes passou a ser chamado de Pantanal. “No meu livro procurei mostrar que o Pantanal é uma invenção luso-brasileira. Foi um processo que meu deu bastante satisfação e prazer em fazê-lo”, diz a escritora.

Além da palestrante, participaram do seminário os escritores Frederico Augusto Garcia Fernandes e Cristina Santos.





Fonte: Da Assessoria

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