PFL se separa do PSDB se houver derrota, diz Maia

O prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, acredita que, após as eleições, caso o candidato da coligação PSDB-PFL à Presidência, Geraldo Alckmin, não vença, haverá uma divisão entre os dois partidos. "Alckmin não ganha a eleição, o PFL vai ter candidato à Presidência, inexoravelmente", disse, em entrevista a jornal Folha de S.Paulo.

Para Cesar Maia, a desorganização do PSDB é um dos obstáculos para a ida de Alckmin para o segundo turno. "O PSDB sai fraco. O PFL sai forte desta eleição. Muito mais unido. Muito mais estruturado", afirma.

Porém, apesar das críticas à campanha de Alckmin, Maia aposta na abstenção dos eleitores do candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, para que a disputa se encaminhe para um segundo turno. "O Alckmin está crescendo um, meio, um; a Heloísa parada, os outros parados", afirmou.

Cesar Maia acredita que os números mostrados nas pesquisas não conseguem fazer um retrato fiel de todos os eleitores. "Os institutos não conseguem pesquisar a população que não pode votar, porque ela não é atingível, mas ela é da base da amostra." Como exemplo, ele cita os presos e pessoas com problemas de saúde. "O Datafolha diz que são 10% de brancos, nulos e indecisos. No dia da votação vamos ter 25%, no mínimo, de abstenção, brancos e nulos". Maia disse ainda que, se o PSDB não ganhar as eleições no Estado de São Paulo, com o candidato José Serra, "desaparece". "O PSDB sai dessa campanha completamente esfacelado. Se antes se dizia que o PSDB era um partido paulista, eu diria: ele é exclusivamente paulista. Acabou."