PF vai investigar PT e gestões de Serra e Negri

A Polícia Federal informou neste domingo que irá investigar a origem do R$ 1,75 milhão apreendido sexta-feira, na capital paulista, com o empreiteiro Valdebran Carlos Padilha da Silva e o advogado e ex-agente da PF Gedimar Pereira Passos - que, presos, acusam o PT e uma revista de terem desembolsado os recursos para a compra de um dossiê contra os candidatos tucanos José Serra e Geraldo Alckmin. A PF também vai apurar se Serra atuou, durante sua gestão como ministro da Saúde, para ajudar na liberação de emendas para a compra superfaturada de ambulâncias. O sucessor de Serra no cargo, Barjas Negri, também será alvo de investigação.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, Valdebran e Gedimar afirmaram à PF que intermediaram a compra do dossiê por integrante da Executiva Nacional do PT e uma revista de circulação nacional. As denúncias, envolvendo sobretudo o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, estavam em poder de Paulo Trevisan, tio do empresário Luiz Antonio Vedoin - ambos também foram presos.

A família Vedoin é dona da Planam, apontada como principal operadora no esquema dos sanguessugas, que envolvia licitações direcionadas para a venda de ambulâncias superfaturadas.

Em entrevista publicada na última edição da revista Istoé, Darci e Luiz Antonio Vedoin afirmam que, em 2002, emissário do então ministro Barjas Negri teria cobrado propina para a liber o pagamento de emendas parlamentares. O suposto emissário seria Abel Pereira, e os Vedoin dizem ter entregue à Justiça documentos comprovando depósitos para prefeitos e assessores ligados a Pereira.