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Politica Brasil
Sábado - 16 de Setembro de 2006 às 18:05

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O presidente Luís Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, afirmou hoje que o povo não deve aceitar o julgamento de adversários políticos. Lula se referiu ao senador Ney Suassuna, que não compareceu ao comício realizado em João Pessoa, na Paraíba, e que está sendo considerado a maior atividade da campanha até agora.

Lula subiu ao palanque do candidato a governador da Paraíba José Maranhão (PMDB) na Lagoa do Parque Sólon de Lucena no início da tarde e fez um discurso demorado, defendendo pobres, injustiçados e o Nordeste brasileiro.

Embora ausente do palanque para não causar constrangimentos aos demais candidatos por suspeitas de envolvimento com a máfia dos sanguessugas, Ney Suassuna foi lembrado em todos os discursos.

Lula disse que não era de condenar ninguém antes de julgamento. "Acho que todo ser humano é inocente até que se prove o contrário. E o senador Ney Suassuna foi leal, teve um comportamento decente. Se ele cometeu algum erro, tem o direito de se defender, ser julgado e, depois, ser condenado por quem de direito".

O Presidente advertiu à multidão presente ao comício que não se pode aceitar o julgamento de nossos adversários. "Se a gente fosse aceitar o julgamento dos nossos adversários, eu já estaria morto. Porque eles tentaram fazer comigo o que tentaram fazer com Juscelino, o que fizeram com João Goulart, o que fizeram com Getúlio Vargas. Porque nesse país não pode ter presidente da República que goste de pobre".

Calúnias Em relação a calúnias a seu respeito, Lula disse que vai adotar o mesmo comportamento paciente do ex-presidente Juscelino. "Porque ele agora virou herói, mas quando era presidente o Carlos Lacerda chamava ele de ladrão todo dia. E olha que o Carlos Lacerda era mais sério do que os que me chamam hoje".

Lula disse que quem o criticou não entende de povo. São as mesmas pessoas que não entenderam porque ele conseguiu sair em primeiro lugar nas pesquisas, quando todos achavam que tinha acabado para a política. "Teve quem dissesse: nós precisamos fazer o Lula sangrar até acabar a última gota de sangue. Ele vai chegar na eleição morto. Eles não sabiam que eu poderia fazer uma transfusão de sangue com o povo brasileiro e voltar para a política com milhões de células desse povo", declarou Lula em meio aos aplausos populares.

Nordeste Entre os seus adversários, Lula disse que há quem não goste quando ele fala de pobre e de nordestino, por isso, defendeu igualdade para todas as regiões. "Temos que olhar para o Nordeste porque sempre se olhou para o Sul e para o Sudeste. Eu sou pernambucano, devo tudo a São Paulo, mas uma mãe cuida de todos em igualdade de condições. E eu quero ajudar o Nordeste a recuperar o tempo perdido".

O presidente Lula encerrou sua atividade de campanha na capital paraibana sem conceder entrevistas em meio a um esquema de segurança repleto de falhas que permitiu a invasão do povo à áreas reservada à imprensa, dificultando o trabalho de todos os profissionais.





Fonte: Terra

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