Alckmin insinua elo entre PT e o crime organizado

O candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) reagiu neste sábado à negociação entre o empresário Luiz Antonio Vedoin e o ex-tesoureiro do PT no Mato Grosso, Valdebran Padilha, em torno de um suposto dossiê que envolveria políticos tucanos à máfia das ambulâncias.

Vedoin, operador do esquema de desvio de verbas da Saúde, Padilha e o ex-agente da Polícia Federal Gedimar Pereira Passos foram presos ontem. Alckmin cobrou investigações para descobrir quem estaria por trás da montagem do dossiê contra ele e o candidato a governador de São Paulo José Serra. Ele acusou ainda o PT de ter um elo com o crime organizado.

"É inacreditável que a política brasileira se converta nisso e o PT sempre por trás deste submundo do crime. Então é preciso mostrar o dinheiro, de onde veio isto, mostrar os criminosos, quem é o corruptor e a quem serve isso", disse, em entrevista reproduzida pelo Jornal Hoje, da TV Globo.

Alckmin sugeriu ainda que membros da cúpula do partido estariam envolvidos na negociação. "Você acha que alguém fez isso por livre e espontânea vontade, porque deu na cabeça? Quem arrumou R$ 1,7 milhão? Não cai do céu, é uma fábula de dinheiro. Cabe à polícia investigar, mas é evidente que não é obra do acaso", sustentou.