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Meio Ambiente
Sábado - 16 de Setembro de 2006 às 16:57

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O promotor de Justiça da Comarca de Rosário Oeste, Leandro Volochko, instaurou inquérito civil para apurar os danos ambientais causados por um incêndio supostamente criminoso no Parque Estadual Gruta da Lagoa Azul, em Nobres (146,2 quilômetros de Cuiabá).

A queimada foi verificada por Volochko durante visita ao local na semana passada. De acordo com ele, o fogo atingiu toda a área caracterizada como "bloco C", onde estão as famosas cavernas do parque, além da Lagoa Azul. Diz ainda que o agente ambiental que guarda a área relata fuga de bichos (cotia, paca, veado) e acredita na possibilidade de morte de animais silvestres e queimada de ninhos.

O promotor conta que este não é a primeiro registro de queimada na região pela atividade humana. Em 2004, aconteceu um incêndio e, no ano passado, outro foi evitado. A situação preocupa ainda mais o promotor porque o parque é uma unidade de conservação estadual. Por meio do documento, Volochko também exige a responsabilização do causador da queima.

Ele também requisitou abertura de inquérito policial para investigar o motivo e o responsável pelo incêndio. Por solicitação do Ministério Público Estadual (MPE), o Corpo de Bombeiros designou quatro agentes para controlar a queimada. Há suspeita de que tenha sido provocado por um assentado, que ateou fogo na propriedade como método de "limpeza". Acrescenta que o parque é circundado por loteamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Conforme informações do Ministério do Turismo, Nobres é caracterizado pela formação de pequenas serras que compõem o Complexo do Tombador, entre vales e chapadas. O município é cortado por rios e lagoas de águas cristalinas, que abrigam várias espécies de peixes e plantas, além de ser propícias à prática do mergulho. A Gruta da Lagoa Azul, mais conhecido ponto turístico da cidade, impressiona os visitantes pelas formações geológicas e pelo lago desta coloração habitado por espécies aquáticas exclusivas, como bagre-cego, pitus, cascudos, lambaris e outros.





Fonte: Ministério Público Estadual

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