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Politica Brasil
Sábado - 16 de Setembro de 2006 às 08:07
Por: Valéria Cristina da Silva

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O sócio-proprietário da Planam, Luiz Antonio Trevisan Vedoin, foi preso ontem novamente por tentar negociar por R$ 2 milhões supostas provas do envolvimento dos tucanos José Serra, candidato ao governo de São Paulo, e Geraldo Alckmin, candidato a presidente da República, na máfia das ambulâncias. Foram detidos pela Polícia Federal num hotel em São Paulo o engenheiro petista Valdebran Carlos Padilha da Silva, que em 2004 foi tesoureiro da campanha de Alexandre Cesar à Prefeitura de Cuiabá, e o advogado Gedimar Pereira Passos. Com ambos, foram encontrados cerca de R$ 1,7 milhão (R$ 1,168 milhão e mais US$ 248 mil). Valdebran e Passos iriam receber o dossiê que Vedoin encaminharia à cidade via seu primo, Paulo Roberto Trevisan. O material iria ser usado pela campanha de Aloízio Mercadante, que disputa o governo do Estado de São Paulo contra o tucano José Serra. Valdebran também já trabalhou no gabinete do deputado federal Carlos Abicalil (PT). Gedimar é ex-agente da PF e hoje é advogado do PT. Eles devem ser encaminhados à PF de Cuiabá.

O primo de Vedoin foi detido no aeroporto Marechal Rondon, em VG, quando ia embarcar para São Paulo, no vôo de 23h30. Ele levava pasta de plástico azul contendo várias fotos de uma solenidade de entrega de 40 ambulâncias da Planam, em Cuiabá. Nas fotos, aparecem políticos, como Serra, Alckmin, o ex-governador Dante de Oliveira (já falecido), todos do PSDB, e deputados como Lino Rossi e Pedro Henry (PP). A pasta tinha ainda folha de papel sulfite com anotações a mão, de pagamentos a prefeituras, uma fita de vídeo e um DVD. A fita e o DVD contêm 23 minutos de gravação da solenidade, incluindo o discurso dos políticos. Valdebran e Gedimar deveriam reconhecer Paulo Roberto pela pasta azul. Segundo o superintendente em exercício da PF de MT, Geraldo Pereira, a negociação foi informada em detalhes à PF e por isso os policiais conseguiram interceptar Paulo Roberto antes do embarque. A PF de São Paulo então foi contatada para abordar Valdebran e Gedimar ainda no hotel. Paulo Roberto, por enquanto, é o único em liberdade.





Fonte: Gazeta Digital

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