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Politica Brasil
Sexta - 15 de Setembro de 2006 às 18:07

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A Polícia Federal de Mato Grosso apresentou na tarde desta sexta-feira (15) à imprensa os motivos que levaram a nova prisão do sócio da Planam, Luiz Antônio Vedoin, apontado como chefe do esquema dos sanguessugas. O empresário, de acordo com a PF, vinha ocultando informações a Justiça e “negociando provas” em troca de benefício financeiro.

Ele foi preso em Cuiabá onde ficará preso. Vedoin tentava vender um CD que continha imagens da solenidade de entrega de 40 ambulâncias da Planam, possivelmente ocorrida em 2001 em Cuiabá, com a presença do ex-ministro da Saúde, José Serra, candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, Geraldo Alckmin, candidato tucano à Presidência da República e o ex-governador de Mato Grosso, Dante de Oliveira e os deputados federais Pedro Henry e Lino Rossi.

A data do evento não foi divulgada pela Polícia Federal, mas dá a entender que se passou no período em que Serra foi ministro durante o mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Além do empresário, foi preso ontem à noite no aeroporto Marechal Rondon e depois liberado, o primo dele, Paulo Roberto Trevisan Filho que estava de posse do CD. Em São Paulo foram presos, Valdebran Padilha com US$ 109,8 mil e R$ 758 mil e Gedimar Pereira, com US$ 139 mil e R$ 410 mil, que seriam os “compradores” do material. Os dois prestam depoimento à PF em São Paulo nesta sexta. Não se sabe qual é a ligação deles com qual grupo político.

Vedoin teve a prisão relaxada após prestar depoimento de 11 dias consecutivos ao juiz federal de Mato Grosso, Jéferson Schneider. Agora, o empresário também perdeu o benefício da delação premiada. A prisão foi decretada pelo juiz da 2ª Vara da Justiça Federal, César Biarsi.

Isto É

A prisão acontece no mesmo dia em que a revista Istoé começa a circular com entrevista na qual Luiz Antônio e seu pai, Darci Vedoin, envolvem o ex-ministro da Saúde José Serra, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, no escândalo da máfia dos sanguessugas. Segundo eles, a distribuição de propinas começou em 1998, durante a gestão de Serra no Ministério. "Naquela época, a bancada do PSDB conseguia aprovar tudo e, no Ministério, o dinheiro era rapidamente aprovado", disse Luiz Antonio à revista.

Ainda nesta entrevista, os empresários afirmam que, do total de 891 ambulâncias comercializadas pela Planam entre 2000 e 2004, 681 tiveram verba liberada até 2002, durante a gestão de Serra e Barjas Negri, secretário executivo do Ministério que substituiu Serra quando ele candidatou-se à Presidência da República em 2002. De acordo com interpretação de alguns membros do Ministério Público, as emendas teriam sido liberadas com mais rapidez após a derrota de Serra nas eleições. O objetivo era pagar as dívidas de campanha.





Fonte: Midia News

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