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Bittar diz que Lula e PT aprenderam com erros do 1o governo
"O próximo governo será de coalizão. Um ministro, seja de que partido for, terá um mandato e uma missão estabelecidos pelo governo", afirmou Bittar à Reuters.
O deputado está seguro que o PT terá a seu lado o PMDB, o PSB, o PCdoB e, eventualmente, até o PDT. Só não mostra muito otimismo em relação ao PSOL, embora ache que alguns quadros poderão retornar ao PT.
"O PSOL está muito radicalizado, mas não sei se terá vida longa. O PT renovou sua direção, fez uma certa autocrítica e alguns companheiros poderão voltar ao partido".
Bittar disse que o PT está atento aos discursos "mais radicais" da oposição, mas não vê convergência entre as posições nem mesmo de líderes tucanos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador mineiro, Aécio Neves, e de expoentes do PFL, como seu presidente, o senador Jorge Bornhausen (SC).
"Existem setores mais radicalizados, mais de direita, representados pelo Bornhausen e pelo Fernando Henrique. Mas nem todo o PSDB está assim. O Aécio, por exemplo, tem outro tipo de discurso", comentou, reforçando a maior proximidade do PT com o governador de Minas e potencial candidato à sucessão de Lula em 2010.
Para Bittar, a questão da governabilidade em um segundo mandato de Lula não está ameaçada. "O PSDB está dividido. PFL e PSDB brigam no Brasil inteiro. Dificilmente terão unidade para construir uma grande força oposicionista", estimou.
A agressividade contida em certos discursos da oposição e as ameaças de impeachment contra Lula são entendidas por Bittar como uma tradição da direita no Brasil.
"A direita é historicamente golpista. Ela fez isso com Getúlio, tentou com JK, repetiu com Jango e tentará com Lula. Mas a gente sai na frente e acredito que o segundo governo será melhor que o primeiro. Lula se aproveitará da experiência adquirida para isso".
Bittar confirmou que a reforma política será prioridade no próximo governo e que o PT se baterá pelo financiamento público de campanha, a fidelidade partidária e o sistema de lista fechada ou distrital misto, modelo alemão. Por este modelo, metade dos representantes é eleita em distritos uninominais e a outra metade em listas fechadas. O eleitor vota em um candidato no distrito e em um partido na lista.
"Hoje, mais de 60 por cento da população não lembra em quem votou nas últimas eleições. Este modelo aproxima eleitor e eleito", defendeu.
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