Conselho de Ética adia notificação de deputados
A notificação deve ser publicada, ao mesmo tempo, no Diário Oficial da Câmara, no Diário da União e num jornal de grande circulação nacional, mas como não houve tempo para fazer a publicação simultânea, e ela foi adiada.
Serão notificados por edital os deputados Edna Macedo (PTB-SP), Elaine Costa (PTB-RJ), Enivaldo Ribeiro (PP-PB), João Batista (PP-SP), Marcos Abramo (PP-SP), Irapuã Teixeira (PP-SP) e Ricardo Rique (PL-PB). Os nomes deles serão enviados à Presidência da Câmara para publicação.
Nesta terça-feira, nove deputados correram para evitar a notificação por edital. Os deputados Carlos Nader (PL-RJ) e Almeida de Jesus (PL-CE) foram os primeiros a se apresentar nesta terça-feira ao Conselho de Ética para receber pessoalmente as notificações, logo de manhã. À tarde, mais sete parlamentares receberam as notificações: Fernando Gonçalves (PTB-RJ), Heleno Silva (PL-SE), Iris Simões (PTB-PR), João Caldas (PL-AL), Nilton Capixaba (PTB-RO), Raimundo Santos (PL-PA) e Reginaldo Germano (PP-BA).
Na manhã desta terça-feira, o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), havia afirmado que ao fugir da notificação estes deputados estavam "muito expostos". A repercussão negativa da afirmação fez com que um grupo de deputados "fujões" corresse ao Conselho de Ética da Câmara para ser notificados.
Izar também pediu a Aldo para reforçar a estrutura de apoio do Conselho. O presidente da Câmara não entrou em detalhes, disse apenas que "será feito". A principal reivindicação de Izar é a ampliação do número de assessores para ajudar as nove sub-comissões que foram criadas.
Por causa do recesso branco, só em outubro começa o prazo de defesa dos deputados que não foram encontrados pelo conselho de ética para serem informados oficialmente de que estão sendo processados.
Izar espera concluir até meados de novembro os processos contra pelo menos 15 dos 67 deputados acusados. Ele disse que alguns processos só têm mais duas sessões do plenário para apresentação de defesa, já que foram abertos antes do esforço concentrado de setembro.
Izar disse também que vai pedir ao líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), que substitua o deputado Robson Tuma (PFL-SP) no colegiado. Tuma se recusou há duas semanas, quando foi realizado o sorteio dos relatores dos processos contra os deputados citados no relatório da CPI dos sanguessugas, a relatar dois casos destinados a ele: dos deputados Maurício Rabelo (PL-TO) e Heleno Silva. A decisão de Tuma incomodou Ricardo Izar:
- Se ele não está trabalhando, não está produzindo, é melhor então que saia, que deixe o Conselho. Vou pedir para que ele seja substituído por outro deputado do PFL.
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