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Politica Brasil
Quarta - 13 de Setembro de 2006 às 08:27

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Apesar de toda a expectativa, a acareação entre os principais nomes do esquema dos sanguessugas e o genro da senadora Serys Slhessarenko (PT), o empresário Paulo Roberto Ribeiro, pouco serviu para esclarecer as circunstâncias do negócio fechado entre as partes em 2004.

O empresário Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam, e o ex-funcionário da empresa, Ivo Marcelo Spínola, repetiram a alegação de que o valor repassado a Ribeiro teve origem em acerto envolvendo a proposição de emendas por parte da senadora.

Já o genro de Serys assegurou que os R$ 37,2 mil que recebeu, por meio de cheque assinado por Spínola, seria o pagamento por um lote de equipamentos hospitalares, entre os quais camas, colchões e suportes para soro. Não há nota fiscal que comprove a venda.

“Só nos resta aguardar a quebra do sigilo bancário, que vai indicar a existência do cheque. O próprio Luiz Antônio já admitiu que este cheque pode mesmo existir. Devemos ter uma confirmação ainda nesta semana”, analisou o advogado Paulo Taques, que defende Ribeiro e que considerou a sessão pouco produtiva. “Em linhas gerais, não existiu novidade”.

A avaliação não foi seguida pela defesa de Luiz Antônio. De acordo com o advogado Otto Medeiros, a acareação deixou evidente a falta de consistência das alegações de Ribeiro. “Ficou nítido que a versão dele não se sustenta. Não há nenhum documento ou testemunha que confirme o tal negócio”.

Como exemplo, o advogado citou o momento em que Ribeiro tentou explicar como conheceu Luiz Antônio. Segundo afirmou o empresário, o encontro teria sido em 2002, em uma festa de aniversário na escola em que seus filhos estudavam.

A versão foi contestada com documentos. “Apresentamos o currículo escolar do filho do Luiz Antônio. Provamos que ele só se matriculou em 2004 naquela escola. Quando foi questionado, Ribeiro não soube o que responder”.

Durante a acareação, o senador Sibá Machado (PT-AC) chegou a questionar Luiz Antônio, afirmando que a existência do cheque provaria que sua versão continha falhas. De acordo com Medeiros, a conclusão é equivocada.

“Luiz Antônio nunca mencionou a existência ou a inexistência de algum cheque. O que ele sempre negou foi a existência do tal negócio que Ribeiro afirma ter feito com ele. Isso nunca existiu mesmo”, ironizou. “Mesmo que exista o cheque, tratou-se de um pagamento por emendas parlamentares”.





Fonte: Diário de Cuiabá

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