Madonna seduz Moscou apesar dos protestos religiosos
O chefe adjunto do escritório de imprensa da polícia de Moscou, Yevgueni Guíldiev, informou hoje que 23 pessoas foram detidas antes e durante o show.
Madonna, em duas horas, interpretou 20 canções, entre antigos sucessos e músicas do último álbum, "Confessions on a dance floor".
Guíldiev disse que 12 ativistas da União de Bandeirantes Ortodoxos foram detidos por tentar promover um comício de protesto contra o espetáculo sem a autorização das autoridades. Outras 11 pessoas foram detidas no estádio por embriaguez. "O número de detidos foi ínfimo para um evento com tanto público", disse o porta-voz policial em declarações à agência oficial russa Itar-Tass.
A rádio Eco de Moscou destacou que o show de Madonna na capital russa foi o único da turnê mundial "Confessions" a não conseguir lotação total.
Na canção Live to tell, durante a qual Madonna é pendurada numa cruz com uma coroa de espinhos na cabeça, foi ovacionada pelos fãs, que ignoraram as recomendações da Igreja Ortodoxa Russa de não assistir ao show, o primeiro da cantora em Moscou. "Sonhei 24 anos com isto", disse Madonna, em inglês.
A cantora destacou que na Rússia "agora há democracia" e que o povo pode decidir por si mesmo e expressar sua opinião, e não deve desperdiçar a oportunidade. "Nos Estados Unidos também há democracia, mas nem todos podem expressar livremente suas opiniões", queixou-se a cantora, citada pela agência Interfax.
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