PT desmente versão do governo sobre cartilhas
A Secom apresentou notas fiscais na intenção de comprovar que o material foi entregue a sedes estaduais do PT para que as mesmas repassassem o material às filiais petistas nos municípios, com o objetivo de distribuir as cartilhas à população.
De acordo com reportagem da revista Veja, o governo encaminhou o material, com destaques para realizações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2004, aos diretórios municipais do PT. A distribuição do material pela legenda teria como objetivo poupar dinheiro público, mas diretórios municipais negam o recebimento:
"O que chega é material de campanha do Lula; do governo, nunca veio nada, não", afirmou ao jornal Folha de S.Paulo o presidente do diretório petista de Vitória. Diretórios das cidades de Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Manaus (AM), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG)e Teresina (PI) informaram a mesma coisa, enquanto o presidente do PT da cidade de São Paulo, Paulo Fiorillo, disse ter recebido o material, mas não soube precisar a quantidade.
De acordo com auditoria do TCU, não há comprovação de que 2 milhões do total de 5 milhões de folhetos foram efetivamente confeccionados e distribuídos.
O diretórios estadual maranhense confirmou o recebimento dos folhetos, mas disse que não possui estrutura para efetuar a distribuição. No Rio Grande do Sul, o diretório estadual declarou ter recebido apenas 15 exemplares, para "consumo interno" - versão semelhante à repassada pela sede catarinense do PT. O presidente do diretório petista do Mato Grosso do Sul, Mariano Cabreira, negou ter recebido o material.
Por meio de sua assessoria, o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, disse que cabe ao Palácio do Planalto informar o volume de cartilhas distribuídas ao partido.
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