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95% dos deputados estaduais disputam cargos
Dos 1.059 deputados estaduais do Brasil, 1.002 irão concorrer à reeleição ou a algum outro cargo eletivo neste ano --ou seja, 95% deles.
Hoje, 574 (54% do total) estão ao menos no segundo mandato. É o que mostra o levantamento feito pela Folha nas 26 Assembléias Legislativas e na Câmara Distrital, em Brasília. Há 264 deputados na segunda legislatura, 150 na terceira, 105 na quarta, 33 na quinta, 15 na sexta e seis na sétima.
O recordista isolado é José Lacerda Neto (PFL), que está em seu 11º mandato na Assembléia da Paraíba.
Em apenas quatro Assembléias há mais novatos do que veteranos: no Ceará, no Distrito Federal, no Espírito Santo e em Pernambuco. Nas outras 23, há mais reeleitos.
Segundo o cientista político Cláudio Couto, da PUC-SP, a longevidade dos mandatos "decorre de um eleitor que nem sequer lembra em quem votou anteriormente".
"Pode ser a perpetuação de uma plutocracia corrupta, de gente que consegue se reeleger graças à quantidade de dinheiro que consegue amealhar."
Para ele, no entanto, existe um aspecto positivo em ter mais tempo de Casa: a especialização do parlamentar. "Um deputado de longo histórico é quem conhece mais como as leis são feitas, como funciona o Parlamento. O problema é a classe política brasileira, que é abaixo da crítica, muito ruim."
De acordo com o levantamento, a região Sul é a que tem o maior número de deputados com no mínimo duas legislaturas: 59% (88 de 149). Nos três Estados (PR, SC e RS), dos 149 parlamentares, só nove não concorrem no atual pleito.
A Assembléia do Paraná e a de Alagoas são as campeãs em deputados veteranos: 63% do total. Já a Assembléia do Espírito Santo é a que tem mais novatos: só 33% cumprem mais de uma legislatura.
Para o cientista político Roberto Simões, da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), os escândalos na Assembléia capixaba durante a legislatura passada foram a causa dessa renovação. "Mudaram os nomes, mas não as práticas."
Couto reforça o argumento de Simões. "Pode-se trazer novatos para a política que são tão ruins ou até piores do que os que já estão aí", afirmou.
Política caseira
Só 57 deputados não disputarão nenhum cargo eletivo neste ano. A maioria, porém, tentará deixar em seu lugar um familiar. Na Paraíba, há mais de uma deputada que não se candidatou neste ano para apoiar o marido na disputa.
É o caso da deputada Edina Wanderley (PSDB), que fará campanha por Dinaldo Medeiros Wanderley, também tucano, com quem é casada.
Já em Sergipe, Lila Moura (PFL) tentará colocar o filho André Moura (PSC) em sua cadeira. No Rio Grande do Norte, o deputado Alexandre Cavalcanti (PP) desistiu da disputa para apoiar o irmão.
Problemas de saúde e desilusão política são os outros fatores que pesam na decisão dos deputados em não concorrer novamente à vaga.
Hoje, 574 (54% do total) estão ao menos no segundo mandato. É o que mostra o levantamento feito pela Folha nas 26 Assembléias Legislativas e na Câmara Distrital, em Brasília. Há 264 deputados na segunda legislatura, 150 na terceira, 105 na quarta, 33 na quinta, 15 na sexta e seis na sétima.
O recordista isolado é José Lacerda Neto (PFL), que está em seu 11º mandato na Assembléia da Paraíba.
Em apenas quatro Assembléias há mais novatos do que veteranos: no Ceará, no Distrito Federal, no Espírito Santo e em Pernambuco. Nas outras 23, há mais reeleitos.
Segundo o cientista político Cláudio Couto, da PUC-SP, a longevidade dos mandatos "decorre de um eleitor que nem sequer lembra em quem votou anteriormente".
"Pode ser a perpetuação de uma plutocracia corrupta, de gente que consegue se reeleger graças à quantidade de dinheiro que consegue amealhar."
Para ele, no entanto, existe um aspecto positivo em ter mais tempo de Casa: a especialização do parlamentar. "Um deputado de longo histórico é quem conhece mais como as leis são feitas, como funciona o Parlamento. O problema é a classe política brasileira, que é abaixo da crítica, muito ruim."
De acordo com o levantamento, a região Sul é a que tem o maior número de deputados com no mínimo duas legislaturas: 59% (88 de 149). Nos três Estados (PR, SC e RS), dos 149 parlamentares, só nove não concorrem no atual pleito.
A Assembléia do Paraná e a de Alagoas são as campeãs em deputados veteranos: 63% do total. Já a Assembléia do Espírito Santo é a que tem mais novatos: só 33% cumprem mais de uma legislatura.
Para o cientista político Roberto Simões, da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), os escândalos na Assembléia capixaba durante a legislatura passada foram a causa dessa renovação. "Mudaram os nomes, mas não as práticas."
Couto reforça o argumento de Simões. "Pode-se trazer novatos para a política que são tão ruins ou até piores do que os que já estão aí", afirmou.
Política caseira
Só 57 deputados não disputarão nenhum cargo eletivo neste ano. A maioria, porém, tentará deixar em seu lugar um familiar. Na Paraíba, há mais de uma deputada que não se candidatou neste ano para apoiar o marido na disputa.
É o caso da deputada Edina Wanderley (PSDB), que fará campanha por Dinaldo Medeiros Wanderley, também tucano, com quem é casada.
Já em Sergipe, Lila Moura (PFL) tentará colocar o filho André Moura (PSC) em sua cadeira. No Rio Grande do Norte, o deputado Alexandre Cavalcanti (PP) desistiu da disputa para apoiar o irmão.
Problemas de saúde e desilusão política são os outros fatores que pesam na decisão dos deputados em não concorrer novamente à vaga.
Fonte:
24HorasNews
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/276782/visualizar/
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