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Politica Brasil
Sexta - 08 de Setembro de 2006 às 09:17

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O genro de Darci José Vedoin, Ivo Spínola Rosa, confirmou ontem no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado ter presenciado o pagamento de R$ 35 mil em dinheiro ao genro da senadora Serys Marly (PT), Paulo Roberto Ribeiro. Ele negou, no entanto, se lembrar de um cheque de R$ 37,2 mil que Ribeiro diz ser a única coisa que recebeu da Planam, como pagamento pela venda de equipamentos hospitalares.

Por conta disso, o conselho decidiu fazer uma acareação entre Darci e Luiz Antonio Vedoin, Ribeiro e Spínola, na próxima terça-feira. Para o senador Paulo Octávio Alves Pereira (PFL-DF), relator do processo por quebra de decoro parlamentar contra Serys, "tem muita gente mentindo e é preciso resgatar a verdade". A petista está sendo processada pelo Conselho de Ética sob acusação de envolvimento na máfia das ambulâncias.

O Conselho de Ética também aprovou ontem um requerimento do senador Octávio para que sejam tomados os depoimentos de João Policena da Rosa Neto, assessor de Serys, novamente de Luiz Antonio Vedoin e de sua secretária, Maria Estela. O relator pediu ainda uma oitiva do proprietário de uma construtora em Cuiabá, conhecido apenas por Sérgio, de Pontes e Lacerda. Sérgio teria apresentado o genro de Serys a Vedoin. Paulo Octávio solicitou à assessoria do conselho que descubra o sobrenome do empresário.

Ontem mesmo Paulo Roberto Ribeiro e Ivo Spínola sofreram acareação. Enquanto os Vedoin e Spínola garantem que entregaram ao genro de Serys R$ 35 mil em dinheiro e R$ 40 mil em cheque a título de propina, Ribeiro insiste que recebeu dos Vedoin apenas um cheque de R$ 37,2 mil.

No depoimento ao Conselho de Ética, o advogado de Ribeiro entregou sua quebra de sigilo bancário onde aparece um cheque de R$ 37,2 mil. Ambos depoimentos, de Ribeiro e Spínola, foram prestados a portas fechadas a pedido deles.

Serys é uma de seis parlamentares de Mato Grosso que estão sendo processados pelos Conselhos de Ética do Senado e da Câmara por suposta participação na máfia das ambulâncias. O esquema usava emendas do orçamento da União para comprar ambulâncias superfaturadas.





Fonte: Gazeta Digital

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