Lino Rossi falta depoimento e Tuma pode pedir sua prisão
Segundo ele, após as eleições, em conversa informal com Magno Malta, com quem diz ter laços de amizade, mencionou a existência do veículo. O senador então teria dito que estava em dificuldades financeiras e precisava de transporte para sua banda gospel "Tempero do Mundo", com a qual viajava fazendo shows. Lino Rossi disse que, por ter os mesmos princípios religiosos do senador, ofereceu a ele o carro que havia recebido de Vedoin, advertindo, contudo, que o veículo devia ser devolvido assim que fosse requisitado de volta – o que foi feito após cerca de um ano e meio.
Na avaliação de Biscaia, Lino Rossi fornece provas contra o senador, com essa carta. Biscaia adianta que a CPMI das Sanguessugas deve convocá-lo para prestar esclarecimentos sobre esse episódio, já que o Conselho de Ética do Senado não tem poder para convocar ninguém. Lino Rossi não compareceu para depor no Conselho de Ética do Senado ontem.
Prisão
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), reagiu à ausência de Rossi. O senador propôs que o parlamentar seja convocado a depor na CPI dos Sanguessugas mesmo que levado à força. "Esse desrespeito tem que ser corrigido através até, se for necessário, de uma condução coercitiva, vir preso aqui, porque se envolveu em esquema grave que tem relação com o caso de Magno Malta", afirmou Tuma.
Já o senador Demóstenes Torres (PFL-GO), relator do processo contra Magno Malta, disse que vai pedir para o deputado ser novamente ouvido pelo Ministério Público e pela Polícia Federal para esclarecer a ligação com o senador. "Já que ele não fala aqui, falando em outras instâncias podemos ter acesso ao depoimento dele", ressaltou Demóstenes.
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