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Politica Brasil
Quarta - 06 de Setembro de 2006 às 09:32
Por: Carlos Eduardo Lemos

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O debate realizado na noite de terça-feira pela tevê Record com os candidatos ao Senado Federal por Mato Grosso deixou muito a desejar. A grande maioria dos candidatos mostrou estar despreparada para assumir o cargo e representar o Estado em Brasília. As duas horas de programa não foram suficientes para que os candidatos mostrassem propostas de trabalho para os oito anos no Senado. Ao contrário os postulantes optaram em aproveitar o espaço na telinha para apresentar críticas aos adversários e até demonstrar despreparo ao formular as criticas. O debate acabou sendo hilário.

O programa começou com o ex-governador Rogério Salles e candidato ao Senado pelo PSDB instigando o ex-governador e ex-prefeito de Várzea Grande Jaime Campos, PFL, a autorizar a abertura de seu sigilo bancário. Jaime não se intimidou com o desafio ao afirmar que suas contas estão abertas para quem quiser ver. Disse que nunca escondeu nada de ninguém e que nunca se utilizou de laranjas para a compra de qualquer imóvel. “Sempre trabalhei as claras. O que tenho hoje está tudo registrado no Imposto de Renda, na Receita Federal’, declarou.

O candidato pefelista aproveitou para rebater Rogério Salles ao acusar o ex-governador de ter vendido um terreno ao lado da Penitenciária de Pascoal Ramos, quando administrava o Estado por R$ 4 milhões, quando a área havia sido avaliada por R$ 8 milhões pela Caixa Econômica Federal. “Não estou dizendo que o senhor é desonesto, mas deveria explicar como provocou um prejuízo tão grande para o Estado.”.

Mas um dos pontos mais hilários do programa foi quando o candidato Manoel Noves, o Zebra, do PSC, mostrando estar totalmente despreparado perguntou como Jaime Campos havia conseguido comprar 25 mil fazendas no Estado durante sua vida política. Rindo, Jaime disse que não tinha 25 mil fazendas, mas ‘apenas’ 25. Assegurou que começou a trabalhar aos 14 anos e que sempre foi uma pessoa econômica, que não gasta muito e por isso conseguiu crescer na vida. Voltou a dizer ainda que todos os seus bens estão registrados no Imposto de Renda.

O ex-governador-candidato pelo PFL aproveitou para contra-atacar o concorrente lembrando que Zebra faz da política um meio de sobrevivência. “Você se candidatou a vários cargos eletivos e por vários partidos”, disse..

O candidato do PSDC, Edson Santana também se mostrou despreparado ao ressaltar que o governo Blairo Maggi peca ao não gerar emprego. Disse que existe um déficit de 200 mil empregos em Mato Grosso e que o governo tem a obrigação de colocar estas pessoas no mercado de trabalho.

Jaime Campos saiu em defesa do governador lembrando que é função do governo incentivar a vinda de empresas para o Estado e não criar frentes de trabalho. “O incentivo vem sendo feito, mas a política econômica do Governo Federal que é do PT vem atrapalhando os planos de expansão das empresas para outros centros produtores como Mato Grosso. Esta é uma pergunta que deveria ser feita a Lula”, rebateu.

A candidata Cleusa Dias, do Psol, perguntou a Rogério Salles sobre a criação do Gaeco, lembrando que Salles não acabou com não acabou com o crime organizado como faz questão de afirmar. Foi dura ao afirmar que os louros do fim do crime organizado em Mato Grosso se deve ao Governo Federal. “O crime organizado foi desencadeado pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal. Gaeco apenas deu cobertura. Tudo foi feito a nível nacional e não estadual, governador”, disse a Salles, ressaltando ainda que antes da morte de Sávio Brandão, proprietário do Jornal Folha de Mato Grosso, as autoridades de segurança de Mato Grosso sabiam quem eram os responsáveis e nada fez para colocá-los na cadeia. “Foi preciso uma ação federal”, completou, dizendo que é preciso acabar com as mentiras.





Fonte: 24HorasNews

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