CGU mapeia 33 empresas no esquema dos sanguessugas
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o mapa das empresas ligadas à Planam vai guiar a devassa efetuada pela CGU em 600 municípios com licitações ganhas por fornecedores ligados aos Vedoin. O objetivo é identificar todos os responsáveis, para puni-los, e quantificar o rombo resultante nos cofres públicos - segundo estimativa da Polícia Federal (PF), a máfia movimentou pelo menos R$ 110 milhões desde 2001.
O mapa do esquema elaborado pela CGU organiza as empresas suspeitas em três grupos. O primeiro deles é composto pelas empresas cuja participação societária inclui diretamente a família Vedoin - Planam, Klass Comércio e Representação, Santa Maria Comércio e Representação e Enir Rodrigues de Jesus. As três últimas, segundo o MPF, foram formadas com a ajuda de "laranjas" somente para encobrir parte da alta movimentação financeira da Planam.
O segundo grupo corresponde às empresas "de fachada", formadas, segundo o MPF, somente para participar de licitações simuladas (cujos vencedores, ligados aos Vedoin, eram previamente definidos). Comércio e Representações, Vedobus Comércio e Indústria de Veículos, Vedocar Transformação de Veículos e a Via Trading Comércio de Medicamentos estão nesse bloco.
O terceiro grupo envolve empresas com suspeita de ligação com a Planam, mas contra as quais não há até agora indícios suficientes para efetuar uma acusação formal. São 19 empresas que aparecem em licitações fruadulentas das quais a Planam participou ou que foram acusadas pelos Vedoin nos seus depoimentos ao MPF e à Polícia Federal. Uma delas é a Torino Comercial de Veículos, que vendeu 311 ao grupo dos Vedoin.
Os Vedoin não foram localizados para comentar o caso, bem como as empresas citadas na reportagem.
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