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Quase metade dos peixes consumidos no mundo são de cativeiro
Quase metade dos peixes consumidos em todo o mundo são criados em cativeiro, em vez de pescados no mar ou em água doce, afirma um estudo divulgado nesta segunda-feira pela FAO (a agência das Nações Unidas para a agricultura e a alimentação).
Em 1980, apenas 9% dos peixes consumidos no mundo vinham da aqüicultura. Hoje, o índice é de 43%.
Esse percentual equivale a 45,5 milhões de toneladas de peixes de cativeiro por ano, que totalizam cerca de US$ 63 bilhões (aproximadamente R$ 134 bilhões).
O estudo "O estado da aqüicultura mundial em 2006" foi apresentado nesta segunda-feira em Nova Déli, na Índia, para delegados de 50 países que participam do encontro bianual da subcomissão de Aqüicultura da FAO.
Perigo no futuro
A quantidade de peixes pescados no mar ou em água doce tem se mantido estável desde os anos 80 – em torno de 90 e 93 milhões de toneladas.
De acordo com a FAO, são poucas as chances desse número aumentar nos próximos anos.
"(O número de) peixes pescados ainda é grande, mas houve um equilíbrio, que provavelmente permanecerá", disse a secretária da subcomissão de Aqüicultura da FAO, Rohana Subasinghe.
Esse equilíbrio, acompanhado pelo aumento da demanda mundial por peixes, é perigoso, segundo a agência da ONU. A FAO estima que serão necessários mais 40 milhões de toneladas de alimentos aquáticos em 2030 para acompanhar o crescimento no consumo.
O consumo global de peixes continua aumentando, sobretudo entre os países desenvolvidos. Em 2004, eles foram responsáveis pelo equivalente a 81% das importações de peixe em todo o mundo.
Nós temos que nos preparar para encarar esses desafios, porque a aqüicultura é crucial para combater a fome mundial
Ichiro Nomura, diretor-geral assistente da FAO
A única alternativa para suprir o consumo no futuro, segundo o relatório da FAO, é através de cativeiros.
A aqüicultura tem crescido desde os anos 1980 em quase todas as partes do mundo a uma taxa média anual de 8%.
Entre os gargalos que o setor pode enfrentar nos próximos anos, de acordo com o estudo, estão a falta de capital para aqüicultura nos países em desenvolvimento e a escassez de terras e água para os cativeiros.
"Nós temos que nos preparar para encarar esses desafios, porque a aqüicultura é crucial para combater a fome mundial", afirmou o diretor-geral assistente da FAO, Ichiro Nomura.
Brasil
Segundo a FAO, a América Latina é uma das regiões do mundo com maior índice de crescimento do mundo nas últimas décadas. Mas isso acontece porque os países latino-americanos produziam muito pouco no passado, portanto a base de comparação é pequena. Entre os maiores produtores de peixes estão Chile (cujo principal produto é o salmão), o Equador e o Brasil (ambos fortes no mercado de camarões).
O relatório destaca que o Brasil foi responsável, nos anos 90, por uma das grandes ondas de expansão da criação de camarões no continente, graças a melhores técnicas de cativeiro. O relatório destaca que o consumo do camarão brasileiro tem crescido no mercado europeu.
Esse percentual equivale a 45,5 milhões de toneladas de peixes de cativeiro por ano, que totalizam cerca de US$ 63 bilhões (aproximadamente R$ 134 bilhões).
O estudo "O estado da aqüicultura mundial em 2006" foi apresentado nesta segunda-feira em Nova Déli, na Índia, para delegados de 50 países que participam do encontro bianual da subcomissão de Aqüicultura da FAO.
Perigo no futuro
A quantidade de peixes pescados no mar ou em água doce tem se mantido estável desde os anos 80 – em torno de 90 e 93 milhões de toneladas.
De acordo com a FAO, são poucas as chances desse número aumentar nos próximos anos.
"(O número de) peixes pescados ainda é grande, mas houve um equilíbrio, que provavelmente permanecerá", disse a secretária da subcomissão de Aqüicultura da FAO, Rohana Subasinghe.
Esse equilíbrio, acompanhado pelo aumento da demanda mundial por peixes, é perigoso, segundo a agência da ONU. A FAO estima que serão necessários mais 40 milhões de toneladas de alimentos aquáticos em 2030 para acompanhar o crescimento no consumo.
O consumo global de peixes continua aumentando, sobretudo entre os países desenvolvidos. Em 2004, eles foram responsáveis pelo equivalente a 81% das importações de peixe em todo o mundo.
Nós temos que nos preparar para encarar esses desafios, porque a aqüicultura é crucial para combater a fome mundial
Ichiro Nomura, diretor-geral assistente da FAO
A única alternativa para suprir o consumo no futuro, segundo o relatório da FAO, é através de cativeiros.
A aqüicultura tem crescido desde os anos 1980 em quase todas as partes do mundo a uma taxa média anual de 8%.
Entre os gargalos que o setor pode enfrentar nos próximos anos, de acordo com o estudo, estão a falta de capital para aqüicultura nos países em desenvolvimento e a escassez de terras e água para os cativeiros.
"Nós temos que nos preparar para encarar esses desafios, porque a aqüicultura é crucial para combater a fome mundial", afirmou o diretor-geral assistente da FAO, Ichiro Nomura.
Brasil
Segundo a FAO, a América Latina é uma das regiões do mundo com maior índice de crescimento do mundo nas últimas décadas. Mas isso acontece porque os países latino-americanos produziam muito pouco no passado, portanto a base de comparação é pequena. Entre os maiores produtores de peixes estão Chile (cujo principal produto é o salmão), o Equador e o Brasil (ambos fortes no mercado de camarões).
O relatório destaca que o Brasil foi responsável, nos anos 90, por uma das grandes ondas de expansão da criação de camarões no continente, graças a melhores técnicas de cativeiro. O relatório destaca que o consumo do camarão brasileiro tem crescido no mercado europeu.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/277678/visualizar/
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