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Segunda - 04 de Setembro de 2006 às 14:07
Por: Luciene Oliveira

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O ordenamento fundiário da região de Colniza, além de acalmar a tensão social na região amazônica vai fomentar o desenvolvimento sustentável. A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em conjunto com a Eletronorte, implantaram no distrito de Guariba uma usina de fabricação do biodiesel.

O projeto de pesquisa visa à criação de tecnologias que proporcionem o desenvolvimento de comunidades isoladas, com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), por meio da fabricação do biocombustível – que é um dos menos poluentes - gerado a partir da união de etanol e óleos vegetais (como soja, dendê, mamona, babaçu, amendoim, castanhas, girassol, ou a partir de gorduras animais, entre eles o sebo, óleo de peixe e óleos residuais de frituras).

Segundo a Eletronorte, um dos motivos da escolha do distrito de Guariba está nas dificuldades encontradas na comunidade (falta de luz, água tratada, telefone, esgoto, etc) e pela distância geográfica para a chegada do linhão. A produção do biodiesel foi uma alternativa encontrada pela empresa para abastecer os motores da estação elétrica que fornece luz na zona urbana de Guariba e com isso oferecer alternativas à agricultura familiar.

De acordo com o professor da UFMT, Evandro Luiz Dall’Oglio, esse é um projeto piloto inserido dentro do programa ‘Luz para Todos’ para geração distribuída de eletricidade. A produção do combustível vai abastecer a região e deverá atender a demanda da Rede Cemat no Estado.

O projeto de biodiesel de Guariba busca envolver na fabricação do biocombustivel agricultores familiares, cuja produtividade desenvolvida na localidade não têm nenhum ciclo produtivo estabelecido. Por isso, explica Evandro, a introdução da cadeia produtiva vai ser uma alternativa econômica para os agricultores que poderão lucrar plantando oleaginosas. No entanto, é necessário definir questões fundiárias como o tamanho das propriedades, por exemplo.

“A idéia do biodiesel na Amazônia é fazer com que a produção seja uma atividade econômica para as famílias. Os pequenos agricultores terão um ciclo agrícola funcionando e garantia na comercialização da lavoura”, frisa o professor.

Os pequenos produtores estão sendo incentivados a plantarem gergelim, mamonas, amendoim cavalo, além da extração de castanhas e babaçu da mata. Conforme Evandro, esses óleos poderão ainda abastecer a indústria farmacêutica, de cosméticos e alimentícia.

O assessor do Intermat, José Melhorança explica que durante os períodos de entressafra da produção agrícola, as famílias poderão trabalhar com o extrativismo vegetal, e para isso receberão capacitação em educação ambiental e no aproveitamento dos recursos naturais renováveis da região.

O projeto está dentro do Programa Luz para Todos do governo federal e tem a participação do Governo do Estado de Mato Grosso.





Fonte: Da Assessoria

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