MTA e MST em Mato Grosso fecham apoio a Lula e Serys Marli
De acordo com Altamiro Stochero, um dos líderes do MST em Mato Grosso, a orientação em todo o Brasil é para que nenhum integrante do movimento vote no candidato tucano. “Ninguém do MST deve votar no Geraldo Alckmin porque sabemos muito bem que ele representa a volta do estilo Fernando Henrique Cardoso de governar. Esse presidente vendeu o país aos banqueiros e marginalizou a nossa gente. Pelo que conhecemos do Alckmin ele é ainda pior que o FHC”, explicou o líder.
Stochero disse que tanto os assentados como acampados que fazem parte do MST têm liberdade para votarem em quem quiserem, desde que esse candidato seja de esquerda. Inclusive há alguns integrantes que já disseram que vão votar na Eloísa Helena (Psol). Contudo, pelo fato do MST ter estado ao lado de Lula nas últimas eleições a tendência é que a grande maioria vote nele.
No mês de maio Altamiro havia dito em entrevista ao MidiaNews que o MST talvez não apoiasse a candidatura de Lula porque seu governo não havia cumprido suas promessas. Em Mato Grosso, por exemplo, Lula prometeu assentar 13 mil famílias, o que não aconteceu, conforme o líder.
Foram sete promessas que o governo Lula deixou de cumprir com o MST: Garantir a meta de assentamentos (conforme o Plano Nacional de Reforma Agrária); priorizar as famílias acampadas; recuperar o crédito especial para os assentados (segundo o MST, das 580 mil famílias assentadas, menos de 15% estão recebendo); reestruturar o Incra; acelerar a liberação de todos os recursos da Reforma Agrária; normatizar a entrega das cestas básicas para as famílias acampadas e publicar a portaria estabelecendo novos índices de produtividade para desapropriações.
Governo
Stochero disse ainda que o MST apóia a candidatura da senadora Serys Marli (PT) para o governo e da professora Janete (PC do B) para o senado. Quanto aos deputados, os integrantes do movimento devem escolher candidatos de esquerda que sejam ligados às respectivas regiões de cada assentamento ou acampamento.
MTA
O coordenador estadual do MTA – Movimento dos Trabalhadores Assentados e Acampados de Mato Grosso, uma dissidência do MST no Estado, Benedito Correa, disse também não concordar com as políticas econômicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas que em decorrência dos adversários de Lula não se enquadrarem com a postura ideológica do movimento, o voto da grande maioria será para Lula.
No Estado de Mato Grosso o MTA também deve votar nos candidatos do PT, com exceção para deputado estadual. Segundo Benedito, o voto dos integrantes do movimento será para a reeleição do deputado José Carlos do Pátio (PMDB). “Fechamos com ele porque é um deputado que sempre esteve do nosso lado e lutou pela nossa causa, é a única orientação para deputado que fizemos”, explicou.
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