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Politica Brasil
Segunda - 04 de Setembro de 2006 às 09:08

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Os três principais candidatos à Presidência --Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Heloísa Helena (PSOL)-- adotam um discurso cauteloso quando pressionados a detalhar ações de política econômica, mas começam a assumir alguns compromissos, ainda que não expliquem como atingir tais metas.

Em questionários enviados pela Folha às respectivas coordenações de campanha, Lula afirma que manterá o superávit primário de 4,25% em 2007; Alckmin promete a queda da equação dívida/PIB para 30% ao longo de dez anos; e Heloísa Helena prega uma cartilha de esquerda: aumento das alíquotas de impostos sobre o patrimônio e herança e progressividade do Imposto de Renda.

Todos rejeitam o aumento da carga tributária para o próximo período de governo (2007-2010) e enfatizam a crença de que a trajetória de queda dos juros será mantida.

Lula sequer aceita que houve aumento de carga tributária durante seu governo, apesar de, sob a gestão petista, a tributação ter alcançado o patamar recorde de 37,37% do PIB em 2005. Alckmin o contesta. "Nós estamos chegando perto de 39% do PIB."

Lula promete "aprofundar os programas de desoneração tributária" para fortalecer o setor privado e expandir a capacidade de investimentos. Evita antecipar quais tributos serão alterados, assim como se furta a definir qual é a meta de inflação necessária para crescer: "A meta ideal para o Brasil é aquela que garanta principalmente à população carente a preservação do poder de compra de seus rendimentos".

Alckmin dá ênfase especial a um tripé que combine redução da carga fiscal pelo enxugamento dos gastos, eficiência administrativa e aumento nos investimentos do Estado. Mas também rejeita anunciar sua meta de inflação e do superávit.

A senadora também não aponta metas de inflação nem de superávit primário, mas não deixa dúvidas, porém, que pretende adotar uma política "a la Robin Hood": amenizar a carga tributária dos pobres e elevar a dos mais ricos. "Pobres e assalariados, por exemplo, pagam proporcionalmente muito mais impostos do que ricos e donos de propriedades."

Defensora de uma flutuação cambial administrada, Heloísa é otimista em apontar a taxa de crescimento que pretende buscar: "Nossa meta é retomar a taxa história de 6% a 7% ao ano. Isso implica recolocar a taxa de investimento em um patamar não inferior a 25% do PIB, ou seja, ganhar pelo menos 6% do PIB em relação à taxa atual", disse ela.





Fonte: Folha de S. Paulo

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