Só denúncia de impacto pode forçar segundo turno em Mato Grosso
O PSDB é o partido que vem se armando mais para esta fase final do embate político. Passa a contar a partir de hoje com o prefeito de Cuiabá Wilson Santos que foi escolhido para coordenar o Conselho Político da campanha do PSDB. A decisão é o derradeiro rumo para tentar alavancar a campanha de Antero, que nos últimos dias foi envolvido pelo empresário sanguessuga Luiz Antônio Vedoim como um dos integrantes da Máfia das Ambulâncias.
E Wilson Santos chega para o staff da campanha com sua metralhadora mirada exatamente para o governador Blairo Maggi. O seu primeiro disparo foi com relação a não construção do Hospital da Criança em Cuiabá. Reclama que o governador não cumpriu a promessa.
E esta deverá ser a primeira campanha ofensiva do novo Conselho Político do PSDB na campanha de rádio e TV. Depois de tentarem, sem sucesso, desmoralizar o governador Blairo Maggi com relação a divisão do Estado e com os sanguessugas, a ordem é encontrar e disparar contra qualquer coisa que pode tirar votos do governador-candidato provocando em primeiro plano a realização de um segundo turno e, depois, a vitória da oposição. Por isso, fontes tucanas garantem que a partir desta sexta-feira no horário político a ordem é atacar como um boxeador que se sabe que apenas com um nocaute poderá garantir a vitória. “Vamos entrar em ritmo de guerra contra este governo e vamos explorar ao máximo, mostrando ao eleitor quem é quem nesta história”, disse um tucano de alta plumagem, confiante na vitória. Este mesmo tucano confirmou que Wilson Santos vai trabalhar em ritmo frenético, 24 horas por dia. Só não se sabe como vai conseguir conciliar o trabalho na prefeitura com a campanha. “Ele é eclético”, tenta disfarçar o tucano acreditando que com Wilson a campanha tomará novos rumos.
Indagado se a mudança de rumo na campanha não é tardia e errada uma vez que tanto a nível nacional quanto local o eleitor vem dando demonstrações de que não aceita mais as baixarias e denúncias vazias como a questão da divisão do Estado. “Não mentimos quando denunciamos que o atual governo conta com divisionistas. Não mentimos quando denunciamos que o atual governo tem o apoio de sanguessugas que querem mais é dominar Mato Grosso e sangrar ainda mais o Estado. O eleitor sabe disso, tanto que nos apóia e vem contribuindo no crescimento de nosso candidato. A partir de agora vamos mostrar novas denuncias. Vamos mostrar que este governo está mais preocupado com o enriquecimento de seus membros, em ajudar amigos, como os sanguessugas, do que trabalhar para o povo. Só nós da oposição temos compromisso com o lado social”, ressalta.
Os demais partidos de oposição também prometem iniciar um ataque feroz. O PT da senadora Serys Marli, também envolvida na máfia dos sanguessugas, pretende a partir de agora mostrar os erros do atual governo. Mas ao contrário do PSDB de Antero Paes de Barros a sua meta é colar a sua imagem com o presidente Lula, que nas pesquisas mostra que vence as eleições no primeiro turno. A cúpula petista entende que adotar o esquema “paz e amor” ao lado de um Lula ainda mais fortalecido será fundamental para subir nas pesquisas e tentar garantir sua vaga em um eventual segundo turno.
Mas enquanto a oposição se prepara para a reta final da campanha, prometendo como um boxeador bater no fígado, nos rins e, principalmente no queixo de Maggi tentando um nocaute rápido, a situação, liderada pelo governador-candidato entende que a ofensiva final oposicionista pode acabar sendo rotulada como desespero final.
Faltam apenas 28 dias para o fim da propaganda eleitoral. Ninguém parece acreditar que o PSDB ou outro partido de oposição possa conseguir neste período uma denúncia tão impactante que possa provocar o nocaute do governador ou pelo menos forçar a realização de uma prorrogação como num jogo de basquete por exemplo. Mas apesar da confiança, a situação se diz preparada para apagar qualquer tipo de fogo que possa surgir nesta reta final de campanha.
Pelo sim, pelo não as luvas estão prontas, com onças especiais. Agora é saber quem tem queixo de vidro e quem suporta mais os ataques para vermos se a oposição consegue reverter a situação e forçar um segundo turno, ou se a situação consolida ainda mais a vitória no primeiro turno. Os próximos programas eleitorais de rádio e tevê vão mostrar a nova tendência da campanha.
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