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Aquecimento global: Nem tudo está érdido !
Nesta semana, uma notícia importante vindo do maior poluidor do planeta terra, os Estados Unidos (são responsáveis por 25% das emissões de carbono), traz um novo alento a todos que buscam uma qualidade de vida melhor para as próximas gerações.
O governador da Califórnia (um dos estados mais importantes dos EUA), Arnold Schwarzenegger, fechou um acordo histórico com o parlamento local para redução na emissão dos gases poluidores, responsáveis pelo aquecimento global.
A notícia é relevante e de grande impacto, na medida em que contraria a política do presidente Jorge W. Bush, que se recusa a participar do grande esforço mundial para redução do problema que afeta o planeta.
Os Estados Unidos se recusaram a assinar o protocolo de Kyoto em Dezembro de 1997 no Japão. O documento (em que o Brasil é signatário) estabelece que todos os países participantes devem reduzir as emissões de gases que alimentam o efeito estufa e que contribuem para o aquecimento da terra, A alegação de Washington é que a assinatura no documento e a aplicação da redução dos índices estabelecidos afetariam e enfraqueceriam a economia americana.
¨ Agora, poderemos avançar para o desenvolvimento de um sistema de mercado que faça da Califórnia o líder mundial no esforço para reduzir as emissões de carbono", comentou Schwarzenegger após a aprovação da medida.
Exageros à parte, o aquecimento global fez diminuir em 20% a calota polar ártica e o total de terras atingidas por secas severas dobrou nos últimos 30 anos. Somente na China, segundo estudo da ONU, todos os anos 10.000 quilômetros quadrados se transformam em deserto.
O Brasil que até a década passada ainda não sofria muito com a elevação da temperatura passou a sentir os efeitos. Em 2004 o litoral sul foi atingido fortemente por um ciclone e outras tempestades tornaram-se freqüentes.
Pode até parecer bobagem, mais a elevação da temperatura do Oceano Atlântico em meio grau (ocorrida nas últimas 2 décadas), segundo pesquisadores, altera o padrão de deslocamento de massas de ar seco, causando a escassez de chuvas, como a ocorrida em 2005 na Amazônia, quando o rio Amazonas baixou cerca de 2 metros, causando a maior seca dos últimos 40 anos na região.
No ano de 2005, foram registradas as maiores temperaturas desde 1866 (quando começaram a ser medidas). Se mantiver o ritmo atual de aquecimento, no fim do século a temperatura média será a mais elevada dos últimos 2 milhões de anos.
Pesquisas apontam que há 12 mil anos, quando a temperatura média da terra era apenas 3 graus mais baixa que a atual, uma camada de gelo cobria a Europa até a França. Hoje em dia, somente o pólo Ártico, perdeu 20% de sua camada de gelo.
Diante de notícias como esta vinda da Califórnia e outras como a redução das queimadas em Mato Grosso em mais de 40% neste ano, nos deixa um pouco mais esperançosos, acreditando que nem tudo está perdido. Ainda!
João Carlos M. Caldeira. Empresário, jornalista e professor universitário. E-mail: joaocmc@terra.com.br
A notícia é relevante e de grande impacto, na medida em que contraria a política do presidente Jorge W. Bush, que se recusa a participar do grande esforço mundial para redução do problema que afeta o planeta.
Os Estados Unidos se recusaram a assinar o protocolo de Kyoto em Dezembro de 1997 no Japão. O documento (em que o Brasil é signatário) estabelece que todos os países participantes devem reduzir as emissões de gases que alimentam o efeito estufa e que contribuem para o aquecimento da terra, A alegação de Washington é que a assinatura no documento e a aplicação da redução dos índices estabelecidos afetariam e enfraqueceriam a economia americana.
¨ Agora, poderemos avançar para o desenvolvimento de um sistema de mercado que faça da Califórnia o líder mundial no esforço para reduzir as emissões de carbono", comentou Schwarzenegger após a aprovação da medida.
Exageros à parte, o aquecimento global fez diminuir em 20% a calota polar ártica e o total de terras atingidas por secas severas dobrou nos últimos 30 anos. Somente na China, segundo estudo da ONU, todos os anos 10.000 quilômetros quadrados se transformam em deserto.
O Brasil que até a década passada ainda não sofria muito com a elevação da temperatura passou a sentir os efeitos. Em 2004 o litoral sul foi atingido fortemente por um ciclone e outras tempestades tornaram-se freqüentes.
Pode até parecer bobagem, mais a elevação da temperatura do Oceano Atlântico em meio grau (ocorrida nas últimas 2 décadas), segundo pesquisadores, altera o padrão de deslocamento de massas de ar seco, causando a escassez de chuvas, como a ocorrida em 2005 na Amazônia, quando o rio Amazonas baixou cerca de 2 metros, causando a maior seca dos últimos 40 anos na região.
No ano de 2005, foram registradas as maiores temperaturas desde 1866 (quando começaram a ser medidas). Se mantiver o ritmo atual de aquecimento, no fim do século a temperatura média será a mais elevada dos últimos 2 milhões de anos.
Pesquisas apontam que há 12 mil anos, quando a temperatura média da terra era apenas 3 graus mais baixa que a atual, uma camada de gelo cobria a Europa até a França. Hoje em dia, somente o pólo Ártico, perdeu 20% de sua camada de gelo.
Diante de notícias como esta vinda da Califórnia e outras como a redução das queimadas em Mato Grosso em mais de 40% neste ano, nos deixa um pouco mais esperançosos, acreditando que nem tudo está perdido. Ainda!
João Carlos M. Caldeira. Empresário, jornalista e professor universitário. E-mail: joaocmc@terra.com.br
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/278577/visualizar/
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