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Politica Brasil
Quinta - 31 de Agosto de 2006 às 13:34

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que "em alguns anos" estará fazendo uma revolução na educação do país e que somente "fatores extraterrestres" poderão evitar que ele cumpra suas promessas de governo e de campanha.

"Não será por falta de compromisso, não será por falta de lealdade aos princípios que nos fizeram chegar à Presidência da República, que não iremos cumprir", disse em discurso proferido no Congresso Interamericano de Educação em Direitos Humanos, realizado em Brasília.

"Se a gente não cumprir (as promessas) é porque teve fatores extraterrestres que não permitiram que nós cumpríssemos", disse, arrancando aplausos da platéia de 480 pessoas, segundo números da organização do evento.

ECONOMIA

Sem citar os dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), Lula tentou explicar ao público — formado em sua maioria por educadores e ativistas da área de direitos humanos — que o desenvolvimento econômico tem de estar ligado ao crescimento social.

"Tem pessoas insensíveis que muitas vezes enxergam uma ação apenas por alguns números da macroeconomia e não percebem que uma nação é composta por homens, mulheres, crianças e velhos vivendo uma compreensão diferente", afirmou.

Segundo o IBGE, a economia brasileira registrou de abril a junho o pior desempenho desde o terceiro trimestre de 2005. O PIB cresceu apenas 0,5 por cento no segundo trimestre deste ano frente ao trimestre imediatamente anterior

"Se não tiver a compreensão de que o desenvolvimento que queremos para o país tem de estar ligado à educação e à melhoria da distribuição de renda, podemos crescer e não dar a resposta que a sociedade precisa", completou Lula. "E nós, do Brasil, temos essa experiência acumulada há muitas décadas".

CRÍTICA

Aproveitando o clima amistoso da platéia, Lula exaltou números que apontam o crescimento da educação no país e criticou a administração de seu principal adversário, Geraldo Alckmin, no governo de São Paulo.

Lula reclamou da ausência de São Paulo em um estudo do governo federal realizado para aferir a qualidade do ensino público, o Prova Brasil.

"São Paulo, por exemplo, não participou — que é o maior estado da Federação", afirmou.

"Possivelmente, com medo de que a gente detectasse que a propaganda da qualidade da educação não era tão boa quanto se dizia".





Fonte: Terra

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