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Politica Brasil
Quinta - 31 de Agosto de 2006 às 13:17

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O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar marcou mais quatro depoimentos para a próxima semana. Foram chamados a depor na quarta-feira (6) a ex-assessora especial do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino; a relações públicas Cristianne Mayrink Sampaio Silva; o genro da senadora Serys Marli (PT-MT), Paulo Roberto Ribeiro; e Ivo Spínola.

Os quatro são acusados de participar da máfia das ambulâncias, esquema de fraudes que se utilizava irregularmente de emendas do Orçamento da União para a compra de ambulâncias destinadas a municípios com preços superfaturados.

Com o acréscimo desses quatro novos nomes, sobe para dez o número de oitivasque o Conselho de Ética pretende conduzir durante a próxima semana. Isso porque o colegiado já havia programado para a terça-feira (5) os depoimentos de Luiz Antônio Trevisan e de seu pai, Darci José Vedoin, donos da Planam, além de outro sócio da mesma empresa, Ronildo Medeiros, também acusado de participação no esquema de fraudes. A Planam é responsável pela comercialização das ambulâncias superfaturadas por meio de um prévio acerto com prefeitos para fraudar as licitações.

Também já estavam marcadas para quarta-feira as oitivas do presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), do deputado federal Lino Rossi (PP-MT) e do assessor do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) Marcelo Cardoso Carvalho. Rossi, que está sendo investigado pela comissão e pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, é acusado de ser um dos intermediários da quadrilha no Congresso Nacional; Marcelo foi citado no depoimento de Luiz Antônio como "testa-de-ferro" de Suassuna nas negociações com a máfia.

Os depoimentos marcados pelo conselho têm o objetivo de auxiliar as investigações que estão sendo conduzidas pelos senadores Jefferson Péres (PDT-AM), Demóstenes Torres (PFL-GO) e Paulo Octávio (PFL-DF). Eles são os relatores dos processos disciplinares por quebra de decoro parlamentar abertos pelo conselho para investigar denúncias contra os senadores Ney Suassuna, Magno Malta (PL-ES) e Serys Marli(PT-MT).

Os três tiveram seus nomes incluídos no relatório parcial da CPI dos Sanguessugas por haver indícios ou provas de envolvimento com a máfia das ambulâncias.

Maria da Penha, acusada de intermediar o esquema no Ministério da Saúde, identificou, em depoimento à Polícia Federal, vários parlamentares que teriam participado da fraude, além de Darci Vedoin e de seu filho Luiz Antônio Trevisan Vedoin.

A outra depoente da quarta-feira, Cristianne Mayrink, é apontada como a encarregada de fazer contato com os parlamentares e de pagar propinas aos que quisessem colaborar com o esquema de fraudes, elaborando emendas ao Orçamento para favorecer a Planam. Ivo Spínola é genro de Darci Vedoin e apontado como um dos integrantes da quadrilha. Já Paulo Roberto foi acusado por Luiz Antônio Vedoin de ter recebido R$ 35 mil da máfia em nome da senadora Serys.





Fonte: Agência Senado

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