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Meio Ambiente
Quinta - 31 de Agosto de 2006 às 08:00

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Os dois principais pontos do rio Cuiabá usados por banhistas nos distritos de Bonsucesso e Praia Grande, em Várzea Grande, não oferecem as mínimas condições de balneabilidade.

Uma pesquisa da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), divulgada esta semana, mostrou que nesses locais o volume de coliformes fecais acumulado na água chega a ser duas vezes superior ao limite estabelecido como aceitável pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

Em Praia Grande, foram encontradas 1.967 bactérias do tipo Scherichia coli em cada 100 mililitros de água analisados, enquanto em Bonsucesso, a pesquisa registrou 1.576 microorganismos da mesma espécie, segundo a bióloga Adélia Alves de Araújo, que coordenou a pesquisa. Pela resolução do Conama, o tolerável seria até 800 NMP(número da bactéria) por 100 mililitros.

Mas esses não foram os únicos balneários pesquisados por técnicos da Sema. Entre junho e julho, foram avaliados 21 rios, duas baías, uma lagoa e dois balneários.

A Praia Seca, do rio Paraguai, no município de Cáceres (240 quilômetros de Cuiabá), também foi condenada para banho. Mas lá, explicou a bióloga, o motivo são as dragas que operam no leito do rio, atividade que tornou alguns pontos inseguros para banho.

Além da quantidade de coliformes fecais, foi analisada a presença de lixo, óleo, atividade de dragagem e lançamento de esgoto. As praias onde a água foi considerada imprópria para o banho serão interditadas pela Sema e não será permitida a presença de banhistas no local. O aviso foi dado pelo superintendente de Recursos Hídricos, Luiz Henrique Nogueli.

Em Bonsucesso e Praia André, comunidades vizinhas, alheios aos perigos, os moradores nadam nas águas do Cuiabá. Dona Creonice Rodrigues da Silva disse que todas as tardes, com raras exceções, passada horas se refresca no rio na companhia do neto Igor.

Nos finais de semana, contou ela, filhos, noras, netos e amigos transformam o rio no principal ponto de lazer e brincadeiras. “Minha avó dizia sempre que em água corrente não se pega nada”, justificou dona Creonice.





Fonte: Diário de Cuiabá

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