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Politica Brasil
Quarta - 30 de Agosto de 2006 às 17:33

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O senador Magno Malta (PL), que responde a um processo disciplinar no Conselho de Ética do Senado por suspeita de envolvimento com a máfia dos sanguessugas, já foi notificado pelo órgão. O parlamentar tem até terça-feira da próxima semana para apresentar sua defesa por escrito.

Malta não está em Brasília e a notificação, que deveria ter sido feita pessoalmente, foi realizada por fax. Devido ao recesso branco no Congresso Nacional, o presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), autorizou que os parlamentares investigados fossem notificados por fax.

Sendo assim, na tarde desta terça-feira os técnicos do conselho enviaram a notificação para os três senadores alvos de investigação: Magno Malta, que estava em Cachoeiro de Itapemirim, Ney Suassuna (PMDB-PB) e para Serys Slhessarenko (PT-MT) - todos estavam em seus Estados de origem.

Defesa.

Embora tenha um prazo de mais quatro dias para encaminhar sua defesa, a assessoria de imprensa de Malta afirmou que ainda nesta quarta-feira todo o material estará nas mãos do relator do caso, senador Demóstenes Torres (PFL-GO).

O conselheiro já está de posse da primeira defesa entregue por Malta ao Conselho de Ética, ainda quando o órgão investigava uma denúncia, e não uma representação contra os parlamentares.

Nos documentos consta o histórico do carro que o capixaba pegou emprestado com o deputado federal Lino Rossi (PP-MT) - motivo de Malta estar sendo investigado pelo conselho.

O carro, segundo Luiz Antônio Vedoim, dono da Planam, foi um pagamento adiantado pelas emendas que o senador apresentaria para a compra de ambulâncias. Como ele não teria cumprido o trato, Vedoim tomou de volta o veículo.

Malta contesta essa versão e diz que quem emprestou a Fiat Ducato a ele foi Lino Rossi, seu amigo pessoal. O parlamentar nega que soubesse da origem do carro, que foi dado ao deputado por Vedoim.

Para tentar esclarecer os fatos, Malta anexou uma cópia do Documento Único de Transferência (DUT) do carro, que está em nome de José Cardoso, uma pessoa que seria ligada a Lino Rossi, e a nota fiscal da transportadora que levou o carro de Vitória para Cuiabá, para ser entregue ao deputado.

Tudo isso já está de posse de Torres. Entretanto, ainda nesta quarta serão entregues a ele as cópias das emendas apresentadas por Malta nas áreas de saúde e educação - setores atingidos pela máfia das ambulâncias.

No dia 5 de setembro, próxima terça-feira, o Conselho de Ética do Senado vai se reunir para que os relatores dos processos disciplinares apresentem os planos de trabalho.





Fonte: 24HorasNews

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