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Politica Brasil
Quarta - 30 de Agosto de 2006 às 13:37

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O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), afirmou nesta quarta-feira à Agência Senado que, mesmo ainda não tendo aberto processo disciplinar no colegiado contra o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), seria bom que o parlamentar já enviasse uma defesa prévia ao conselho para esclarecer as denúncias de sua participação na chamada máfia das ambulâncias.

- Normalmente, quando há uma denúncia contra qualquer parlamentar, é aconselhável e até saudável que ele envie logo uma defesa prévia ao conselho, para prestar uma satisfação. Mas o Antero ainda não fez isso - afirmou João Alberto.

O presidente do Conselho de Ética disse também que o colegiado ainda não recebeu qualquer documento contra Antero Paes de Barros, mas afirmou que, se for protocolada uma denúncia ou representação da Mesa da Casa contra o parlamentar pelo estado de Mato Grosso, tomará as providências cabíveis.

- Recebendo uma denúncia de qualquer pessoa ou representação de partido político ou da Mesa do Senado, abrirei processo disciplinar para investigar o senador e designarei um relator para o caso - informou João Alberto.

O Conselho de Ética já abriu processo disciplinar por quebra de decoroparlamentar contra os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES), todos investigados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas por suposta participação no esquema de utilização irregular de recursos do Orçamento da União para a compra de ambulâncias destinadas a municípios com preços superfaturados.

Nesta terça-feira, o presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), informou que iniciará investigação também contra Antero Paes de Barros e outros dois deputados (Salvador Zimbaldi, do PSB de São Paulo, e Philemon Rodrigues, do PTB da Paraíba). Os três estão sendo notificados para que prestem esclarecimentos sobre as acusações de participação na máfia das ambulâncias. Em entrevista nesta quarta, Biscaia afirmou que, até agora, dos três parlamentares, somente Philemon lhe comunicou que havia protocolado a defesa junto à comissão de inquérito.

Até o início de agosto, a CPI já havia investigado 90 parlamentares, dos quais 72 (três senadores e 69 deputados) foram citados no relatório preliminar da comissão por conduta incompatível com o decoro parlamentar.Eles tiveram seus nomes incluídos no relatório por haver indícios ou provas de participação no esquema de uso irregular de recursos do Orçamento da União para a compra de ambulâncias a preços superfaturados.

Dos 69 deputados, dois (Cariolano Sales, do PFL da Bahia, e Marcelino Fraga, do PMDB do Espírito Santo) renunciaram aos respectivos mandatos parlamentares para não perderem os direitos políticos na hipótese de serem cassados.





Fonte: RMT Online

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