Relatores do Conselho vão ouvir dia 5 os supostos chefes da máfia

Os relatores do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado ouvirão no dia 5 os supostos chefes da quadrilha dos sanguessugas. Deporão na Casa os empresários Luiz Antônio Trevisan Vedoin, o pai dele, Darci Vedoin, e o acusado de ser um dos principais integrantes do grupo, Ronildo Medeiros.

Os depoimentos, em princípio, serão abertos e, se for o caso, poderão estender-se até o dia seguinte. O anuncio foi feito pelo presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, João Alberto de Souza (PMDB-MA), depois de conversar com os senadores Jefferson Péres (PDT-AM), Demóstenes Torres (PFL-GO) e Paulo Octávio (PFL-DF), relatores, respectivamente, dos processos contra os colegas acusados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas de envolvimento com a máfia das ambulâncias: Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT).

Alberto disse que não acreditava no testemunho de "bandidos", logo que foi encarregado de levar adiante as ações. Criticado, ele recuou e agora assegura que cabe aos Vedoins e a outro envolvido orientarem os trabalhos dos relatores.

O presidente do Conselho de Ética, João Alberto, lembrou que partiram dos empresários a "maior" parte das informações obtidas pela CPMI e no inquérito conduzido pela Polícia Federal (PF).

Também serão ouvidos pelo conselho, provavelmente no dia 6, duas pessoas, entre elas o presidente da CPMI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ).