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Politica Brasil
Quarta - 30 de Agosto de 2006 às 02:30
Por: Valéria Cristina da Silva

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O senador Antero Paes de Barros (PSDB) é um dos novos investigados da CPMI dos Sanguessugas. A comissão decidiu ontem abrir investigação contra ele e os deputados Salvador Zimbaldi (PSB-SP) e Philomon Rodrigues (PTB-PB) por suspeita de envolvimento na máfia das ambulâncias, conforme acusação do empresário Luiz Antônio Vedoin. O presidente da CPMI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), já determinou a notificação dos três para que prestem esclarecimentos.

Vedoin envolveu Antero nas denúncias recentemente, em entrevista à revista Veja que circulou na semana passada. Conforme o empresário, apontado com um dos chefes do esquema de fraude para compra de ambulâncias, o senador teria negociado propina em troca da apresentação de emenda para ambulâncias. A negociação teria sido feita por Darci Vedoin, pai de Luiz Antonio. A emenda seria de R$ 400 mil e Antero receberia por isso R$ 40 mil. Luiz Antonio afirmou à Veja que o senador teria pedido que o dinheiro fosse repassado para o deputado Lino Rossi (PP), à época no PSDB.

Com Antero, a lista dos mato-grossenses sob suspeita aumenta para oito. A senadora Serys Marly (PT) e os deputados Celcita Pinheiro (PFL), Lino Rossi (PP), Ricarte de Freitas (PTB), Pedro Henry (PP) e Wellington Fagundes (PL) estão sendo processados pelos respectivos Conselhos de Ética por indicação da CPMI. A deputada Teté Bezerra (PMDB), apesar de ter sido inocentada pela CPMI, foi denunciada pelo Ministério Público Eleitoral ao Supremo Tribunal Federal.

Antero terá um prazo para se defender. A comissão vai analisar o caso e produzir um relatório que pode indicar tanto a abertura de processo no Conselho de Ética, quanto concluir pela inocência do senador. A próxima reunião da CPMI está marcada para terça-feira. Deve ser incluído entre os requerimentos a serem votados o que pede a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Cristianne Mayrink Sampaio, suposta colaboradora na administração das emendas parlamentares e cobrança de propinas no esquema de venda superfaturada de ambulâncias. (Com Agência Câmara)




Fonte: A Gazeta

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