Lula: programa evita metas para fugir da especulação
"O que nós não queremos é ficar vítimas de especulação com números", disse Lula a jornalistas após o anúncio do programa, em um hotel em São Paulo.
Na campanha de 2002, a menção à criação de 10 milhões de empregos tornou-se polêmica e tem sido apontada até hoje como uma promessa não cumprida.
Nesta tarde, o presidente sugeriu que o programa daquela época seja relido, porque o que afirmava era a necessidade desse número de empregos e não o compromisso de atingir essa meta. Lula admitiu que atualmente seria necessário criar um número ainda maior de vagas devido ao crescimento do país.
O programa de governo para um eventual segundo mandato de Lula prevê a redução de juros e da relação dívida pública/PIB, listando como única meta numérica alcançar taxa de investimento superior a 25 por cento do PIB. Essa taxa rondava os 20 por cento no primeiro trimestre.
Uma fonte relatou à Reuters que o presidente interferiu para evitar que fossem incluídas metas numéricas no programa.
Em entrevista à imprensa, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, aliado de Lula, justificou que "os rumos do país estão nítidos e que os números são detalhes".
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